FTC processa Ticketmaster por preços elevados dos bilhetes para concertos nos EUA

O regulador do comércio norte-americano acusa a empresa e a sua dona, a Live Nation (que detém em Portugal a Meo Arena), de utilizar táticas ilegais para inflacionar os bilhetes para concertos e outros eventos.
Ticketmaster acusada de inflacionar preços de bilhetes nos EUA
Phelan M. Ebenhack AP
Negócios com AP 19 de Setembro de 2025 às 12:07

A Comissão Federal do Comércio (FTC na sigla em inglês), juntamente com um grupo de procuradores-gerais estaduais, processou a gigante da venda de bilhetes Ticketmaster, alegando que a empresa força os consumidores a pagar demasiado para ver eventos ao vivo, através da utilização de uma série de táticas ilegais.     

A FTC alega que Ticketmaster e a empresa que a detém, a Live Nation, enganou artistas e consumidores ao publicitar preços de bilhetes mais baixos do que os clientes acabam por pagar e alegar falsamente que impôs limites restritos ao número de bilhetes que os consumidores podem comprar para cada evento.

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Na realidade, diz a FTC, a Ticketmaster coordena-se com intermediários na venda de bilhetes que contornam esses limites. A FTC alega que estes intermediários usam contas falsas para comprar milhões de dólares em bilhetes para depois vendê-los a um preço substancialmente mais elevado na plataforma da Ticketmaster. A empresa beneficia com as comissões adicionais compradas nessas vendas, diz a FTC.

A Ticketmaster controla 80% ou mais das vendas de bilhetes dos grandes espaços para concertos dos EUA, de acordo com a FTC. Os consumidores gastaram mais de 82,6 mil milhões em compras de bilhetes na Ticketmaster entre 2019 e 2024, acrescentou a agência.

Em Portugal, a Live Nation detém a maior sala de espetáculos do país, a Meo Arena, no Parque das Nações, em Lisboa, , cerca de dois anos após o anúncio do negócio.

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O processo foi interposto no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Central da Califórnia. Juntaram-se ao processo as procuradorias-gerais do Colorado, Florida, Ilinóis, Nebrasca, Tennessee, Utah e Virgínia.

A Associated Press procurou contactar sem sucesso a Live Nation Entertainment, com sede na Califórnia.  

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