Ryanair lança novo ataque ao "pré-financiamento" de Alcochete
Michael O'Leary continua a defender a solução do Montijo para aumentar a capacidade de Lisboa a curto-prazo.

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Michael O'Leary veio a Lisboa anunciar novas rotas, mas nenhuma delas a partir da infraestrutura da Portela, que admite continuar estrangulada. Defensor da abertura de um aeroporto no Montijo, o CEO da Ryanair admite que a ANA não deveria ter autorização para aumentar as taxas para "pré-financiar" a construção de Alcochete.
O responsável da Ryanair critica o facto de a ANA querer aumentar as taxas aeroportuárias para financiar a construção do novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete, acrescentando que deveria ser proibida de o fazer. "A ANA continua com o monopólio e não deveria ter autorização para pré-financiar o aeroporto de Alcochete através do aumento das taxas. O pagamento das taxas acontece para aeroportos que os passageiros e companhias usam, não para aqueles que serão construídos", atira.
Com quatro aviões baseados em Lisboa, O'Leary admite não existir capacidade para crescer, com a infraestrutura bloqueada e sem solução a curto prazo. "O nosso tráfego é eficiente, mesmo com o que aconteceu no verão de 2025. Lisboa precisa de abrir mais 'slots' e de pensar no Montijo como solução".
Michael O'Leary assegura que "2037 é demasiado longe" e que "Lisboa não vai assistir a qualquer crescimento enquanto o novo aeroporto não aparece". "Lisboa não pode perder tempo com Alcochete quando tem um grande segundo aeroporto às portas da cidade", sublinha aos jornalistas.
"O Montijo pode abrir em dois anos e permitir o crescimento de Lisboa enquanto esperamos por Alcochete, lá para 2037 ou depois", refere o chefe da "low-cost" irlandesa. Uma das maiores críticas deixadas por O'Leary é o facto de poucos novos voos estarem a aterrar em Lisboa, bloqueando o aumento do turismo na cidade.
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