Europa avança animada pela Fed e investimento da Nvidia na Intel
Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quinta-feira.
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Europa avança animada pela Fed e investimento da Nvidia na Intel
As principais praças europeias fecharam no verde esta quinta-feira, animadas pela decisão da véspera da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos de cortar as taxas diretoras em 25 pontos base e sinalizar a intenção de reduzir em mais 50 pontos os juros até ao final do ano. A animar os investidores esteve ainda o investimento de cinco mil milhões de dólares da Nvidia na Intel, que impulsionou as cotadas europeias do setor tecnológico.
O Stoxx 600, índice de referência pan-europeu, avançou 0,8%, até aos 555,01 pontos, a maior subida diária num mês. O setor tecnológico brilhou ao disparar 4,08%, enquanto o setor automóvel ganhou 1,18%.
A fabricante de "chips" ASML ganhou 7,73%, liderando o "rally" do setor à boleia da entrada da Nvidia no capital da Intel, cujas ações disparam mais de 28% em Wall Street.
Entre os principais índices europeus, o alemão DAX30 ganhou 1,35%, o parisiense CAC40 subiu 0,87%, o espanhol IBEX35 avançou 0,32% e o italiano FTSEMIB valorizou 0,84%.
Em Londres, o FTSE100 subiu 0,21%, num dia em que o Banco de Inglaterra, tal como era esperado, manteve as taxas de juro nos 4%.
O melhor desempenho veio de Amesterdão, com o AEX a ganhar 2,02%, impulsionado pela forte valorização da ASML.
Juros da dívida soberana agravam-se na Zona Euro e Reino Unido
Esta quinta-feira, as “yields” da dívida soberana europeia agravaram-se em toda a linha, acompanhando o movimento global após o corte de 25 pontos-base anunciado pela Reserva Federal na véspera.
Na Alemanha, os juros das "Bunds" a dez anos, referência da região, avançaram 5,1 pontos-base para 2,721%. Em França, a “yield” subiu 5,9 pontos-base para 3,536%, enquanto em Itália o acréscimo foi também de 5,9 pontos, para 3,520%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola aumentaram 5,6 pontos-base para 3,283% e os portugueses 4,8 pontos, para 3,123%.
Fora da Zona Euro, as “Gilts” britânicas a dez anos registaram uma subida de 5 pontos-base, fixando-se nos 4,674%, após o Banco de Inglaterra ter mantido as taxas de juro estáveis em 4%, como já era esperado.
Dólar sobe com Fed menos "dovish" que o esperado
O dólar sobe contra as principais rivais esta quinta-feira, depois de a Reserva Federal (Fed) ter concretizado o esperado corte das taxas de juro, mas optado por uma redução moderada de 25 pontos base e manifestado pouca urgência em voltar a cortar os juros.
O índice do dólar DXY sobe 0,57% para 97,43, depois de ter atingido um mínimo de quase quatro anos antes da reunião da Fed, enquanto o euro recua 0,33% para 1,1775 dólares.
O dólar está também a ser suportado pelo número de pedidos de subsídio de desemprego dos EUA, que revelou uma queda na semana passada, depois da inesperada aceleração da semana anterior, num sinal de que o mercado de trabalho poderá não estar tão fraco como se pensava.
O presidente da Fed caracterizou a descida como uma “gestão de risco” em relação ao enfraquecimento do mercado laboral, mas rejeitou apressar a flexibilização da política monetária. Os responsáveis da Fed esperam mais dois cortes de 25 pontos base este ano.
As palavras de Powell ficaram aquém da "posição inequivocamente dovish [favorável à queda das taxas de juro] que os mercados esperavam”, assinala Eric Theoret, estratega de forex do Scotiabank, citado pela Reuters.
Já a libra desce 0,65% para 1,3545, depois de o Banco de Inglaterra ter mantido esta quinta-feira as taxas de juro em 4%, após uma descida de um quarto de ponto em agosto, devido às pressões inflacionistas que se mantêm na economia britânica.
Contra o iene, o dólar sobe 0,70% para 147,78 antes da decisão de política monetária do Banco do Japão, na madrugada desta sexta-feira. O banco deve manter as taxas de juro, num momento em que o país atravessa uma crise política, devido à demissão do primeiro-ministro.
Ouro perde terreno com dólar mais forte e tomada de mais-valias
O ouro está a cair com a valorização do dólar, após a Reserva Federal (Fed) sinalizar um otimismo cauteloso em relação a novos cortes nas taxas de juros nos EUA. Poderá haver também uma tomada de mais-valias por parte dos investidores, já que o metal tem batido recordes nos últimos dias.
O metal precioso desde 0,40% esta tarde para 3.645,67 dólares por onça, numa altura em que a divisa norte-americana negoceia no nível mais alto desde setembro.
O ouro prolongou a queda do dia anterior, uma vez que o tom do banco central dos EUA sobre as futuras decisões políticas foi mais moderado do que o esperado após a sua reunião de setembro, onde cortou as taxas de juro em 25 pontos-base. O presidente da Fed, Jerome Powell, descreveu o movimento como um corte de "gestão de risco", em resposta ao enfraquecimento do mercado de trabalho, mas enfatizou que o banco central não tem pressa em começar a flexibilizar. Powell expressou ainda preocupações sobre as pressões com a inflação impulsionadas pelas tarifas.
"Houve alguma confusão em torno do comentário de Powell sobre o corte da taxa ser uma medida de gestão de risco, e essa incerteza levou à tomada de mais-valias", disse Peter Grant, da Zaner Metals, à Reuters. E acrescentou: "Mas, eu acho que a tendência de subida no longo prazo (do ouro) ainda permanece e o retrocesso dos máximos históricos de ontem é corretivo por natureza. Cada vez que o ouro atinge um novo recordes, dá apenas mais credibilidade à meta de 4.000 dólares por onça".
O Goldman Sachs previu que o metal pudesse subir para perto de 5.000 dólares por onça se apenas 1% dos títulos do Tesouro forem transferidos para o ouro. O mais recente otimista é o Deutsche Bank, que na quarta-feira elevou a sua previsão para uma média de 4.000 dólares por onça próximo ano.
Petróleo recua com foco nas reservas dos EUA e abastecimento russo
Os preços do crude descem quinta-feira, numa altura em que há preocupações em relação ao abastecimento de "ouro negro" por parte da Rússia, já que as suas instalações energéticas têm sido alvo de ataques ucranianos, compensadas pelo aumento das reservas dos EUA.
A esta hora, o Brent, referência europeia, desce 0,71% para 67,47 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate, referência americana, recua 0,67%, para 63,61 dólares.
Esta quinta-feira, a Ucrânia atacou as refinarias de Salavat e Volograd - esta última com capacidade de refinar 300 mil barris por dia -, interrompendo as operações. Futuras paragens ameaçam pressionar o abastecimento global de petróleo. Segundo o JPMorgan Chase, a produção de refinaria russa caiu para menos de 5 milhões de barris por dia, o nível mais baixo desde abril de 2022, como resultado dos consecutivos ataques da Ucrânia.
Ao mesmo tempo, o aumento das reservas de produtos refinados nos EUA, que atingiram o nível mais elevado desde janeiro, acrescentou pressão negativa.
Os investidores regaem também ao corte de juros de ontem da Fed para atuar face à fraqueza do mercado laboral dos EUA. "Estamos de volta focados nas sanções e na geopolítica em vez do crescimento da economia", disse Arne Lohmann Rasmussen, analista da A/S Global Risk Management, à Bloomberg.
Esta quinta-feira foram divulgados os pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, que foram mais baixos do que o antecipado pelos analistas. O relatório aliviou a ansiedade do mercado em relação às declarações do presidente da Fed, Jerome Powell, de que já não pode caraterizar o mercado laboral como "muito sólido", dado os últimos números.
Mais cortes de juros este ano animam bolsas americanas. Nasdaq bate recorde e Intel salta 24%
Wall Street arrancou em alta esta quinta-feira, enquanto o otimismo em torno de mais duas descidas das taxas de juro este ano, sinalizadas ontem pela Reserva Federal, toma conta do sentimento do mercado.
O banco central optou por cortar os juros federais em 25 pontos-base. A descida já era amplamente esperada pelos investidores, pelo que o foco agora está no futuro da política monetária em 2025. A Fed justificou a sua decisão com a fraqueza do mercado laboral dos EUA, estando assim pronta para dar um "boost" na maior economia do mundo, apesar de o crescimento continuar robusto e os lucros empresariais continuarem em alta.
Os analistas do BNP Paribas Wealth Management afirmaram que "reduzir as taxas com uma inflação tão alta é uma medida invulgar. Os mercados parecem presumir que a Fed decidiu, de certa forma, qual parte do seu duplo mandato está disposto a sacrificar".
O S&P 500 avança 0,42% para 6.628,26 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite soma quase 1% para 22.456,51 pontos - um novo máximo histórico - e o industrial Dow Jones ganha modestos 0,01% para 46.022,39 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Nvidia sobe quase 3% após ter anunciado um investimento de cinco mil milhões de dólares na até aqui rival Intel. As duas tecnológicas vão agora trabalhar em conjunto no desenvolvimento de chips para computadores e centros de dados, segundo a informação divulgada. A Intel, por seu turno, escala 24,3%.
Já a Meta Platforms, dona do Facebook, apresentou esta quarta-feira, na conferência anual Meta Connect, a sua aposta mais ambiciosa em óculos inteligentes: os Ray-Ban Meta Display, o primeiro modelo da empresa com ecrã integrado. As ações estão a subir 0,72%.
A Alphabet ganha 1,5% com a notícia de que a China deixou cair a investigação à Google, enquanto o país está em plena negociação comercial com EUA.
Ações da Intel disparam 28% no "pre-market"
As ações da Intel estão a negociar, a esta hora, com uma valorização de 28% face à cotação de fecho de quarta-feira e antes da abertura do Nasdaq (em negociação pré-mercado). Os investidores reagem desta maneira à notícia de investimento de cinco mil milhões de dólares por parte da Nvidia, até aqui uma das principais rivais da Intel.
Pode ler a notícia completa aqui.
Taxa Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses
A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação a quarta-feira.
Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,029%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,098%) e a 12 meses (2,160%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 2,098%, mais 0,015 pontos do que na quarta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,96% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,09% e 25,51%, respetivamente.
A Euribor a três meses também subiu, para 2,029%, mais 0,005 pontos.
Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, ao ser fixada em 2,160%, menos 0,004 pontos.
Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença em Itália.
Em agosto, as médias mensais da Euribor subiram nos três prazos, e de forma mais acentuada a três meses.
A média da Euribor em agosto subiu 0,075 pontos para 2,021% a três meses e 0,029 pontos para 2,084% a seis meses.
Já a 12 meses, a média da Euribor avançou em agosto, designadamente 0,035 pontos para 2,114%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa pinta-se de verde depois de corte de juros nos EUA. Tecnológicas impulsionam índices
Os principais índices europeus negoceiam em alta esta manhã, naquela que é uma primeira reação dos mercados bolsistas no Velho Continente ao muito antecipado corte de juros do lado de lá do Atlântico.
O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – ganha 0,76%, para os 554,84 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX soma 1,29%, o espanhol IBEX 35 avança 0,60%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,62%, o francês CAC-40 pula 1,25%, o neerlandês AEX ganha 1,11% e o britânico FTSE 100 sobe 0,34%.
O índice de referência europeu está a negociar ligeiramente abaixo do seu último recorde atingido em março deste ano. O Stoxx 600 está agora a cerca de 2% do máximo histórico e segue impulsionado pelo corte das taxas de juro pela Reserva Federal (Fed) norte-americana, que decidiu ontem flexibilizar a política monetária pela primeira vez este ano em 25 pontos-base.
O foco vira-se agora para a decisão de política monetária do Banco de Inglaterra, onde se espera que as taxas diretoras se mantenham inalteradas. Além disso, os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA também centrarão atenções, à medida que os investidores procuram por mais pistas sobre a saúde do mercado laboral norte-americano, que tem vindo a mostrar crescentes sinais de debilidade.
Entre os setores, o tecnológico (+2,29%) segue a liderar os ganhos, seguido do industrial (+1,29%). Por outro lado, o único a desvalorizar, ainda que com perdas muito pouco expressivas, é o alimentar (-0,01%).
Entre os movimentos do mercado, as ações do Mediobanca e do Monte dei Paschi di Siena ganham ambas mais de 1%, num dia em que se espera que o diretor executivo da Mediobanca, Alberto Nagel, renuncie ao cargo, juntamente com a restante administração da instituição financeira, avança a Bloomberg, abrindo caminho para uma mudança na gestão do banco italiano, após o Banca Monte dei Paschi di Siena ter conquistado o controlo sobre a rival. Além disso, destacam-se ainda empresas do setor tecnológico, como a ASML (+3,26%), a Siemens (+2,18%) e a SAP (3,81%).
Juros da dívida sobem na Europa após decisão da Fed
Esta quinta-feira, as “yields” da dívida soberana europeia agravam-se em toda a linha, acompanhando o movimento global após o corte de 25 pontos-base anunciado pela Reserva Federal na véspera.
Na Alemanha, os juros das "Bunds" a dez anos, referência da região, avançam 2 pontos-base para 2,690%. Em França, a “yield” sobe 1,7 pontos-base para 3,494%, enquanto em Itália o acréscimo é também de 1,7 pontos, para 3,478%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola aumentam 2,2 pontos-base para 3,248% e os portugueses 1,9 pontos, para 3,093%.
Fora da Zona Euro, as “gilts” britânicas a dez anos registam uma subida de 1,1 pontos-base, fixando-se nos 4,635%.
Dólar sustenta ganhos após corte da Fed com euro e libra em alta moderada
O dólar mantém-se firme esta quinta-feira, consolidando a recuperação face à queda para mínimos de três anos e meio registada na véspera, após a decisão da Reserva Federal de cortar as taxas de juro em 25 pontos-base. A esta hora, o índice do dólar (DXY) avança 0,06% para 96,93 pontos, segundo dados da Bloomberg.
O euro sobe 0,15% para 1,1831 dólares, depois de na quarta-feira ter chegado a tocar 1,1918, o nível mais alto desde 2021. A libra esterlina avança 0,07% para 1,3635 dólares, mantendo-se próxima dos máximos de dois meses. Os investidores aguardam agora pela decisão do Banco de Inglaterra, que deverá manter a taxa em 4%, mas poderá ajustar o programa de venda de obrigações.
O iene perde 0,09% face ao dólar, com a moeda norte-americana a fixar-se nos 147,12 ienes, numa sessão em que os mercados monitorizam a reunião do Banco do Japão. Já o franco suíço recua ligeiramente 0,04%, para 0,7885 por dólar.
De acordo com a Reuters, a correção nas moedas reflete o impacto da mensagem prudente da Fed, que, embora sinalize mais cortes até ao final do ano, adotou um tom considerado “ligeiramente ‘hawkish’” pelo mercado.
Ouro recua após recorde com dólar mais forte e cautela da Fed
O ouro recua esta quinta-feira depois de ter alcançado um máximo histórico na véspera, pressionado pelo fortalecimento do dólar e pelo tom cauteloso da Reserva Federal sobre o futuro das taxas de juro.
O metal precioso desvaloriza 0,33% para 3.647,70 dólares por onça, enquanto a prata perde 0,84% para 41,80 dólares e a platina avança 0,58% para 1.378,06 dólares. O ouro negoceia cerca de 70 dólares abaixo do pico de 3.707,57 dólares atingido na quarta-feira, quando a Fed reduziu as taxas em 25 pontos-base e sinalizou mais duas descidas até ao final do ano.
A postura da Fed foi percecionada como “ligeiramente mais 'hawkish'” do que o esperado, o que sustentou a valorização do dólar e levou os rendimentos das obrigações (Treasuries) subirem. “Estamos provavelmente um pouco sobrecomprados e poderemos ver uma correção até perto dos 3.600 dólares”, afirmou Edward Meir, analista da Marex, citado pela Reuters.
Na sessão anterior, o ouro fechou já em queda de 0,8%, numa reação à prudência do presidente Jerome Powell, que alertou para riscos inflacionistas relacionados com tarifas e frisou que o banco central permanece numa “situação reunião a reunião” quanto a novos cortes.
Apesar da correção recente, o ouro acumula ganhos próximos de 40% em 2025, superando o desempenho do S&P 500 e ultrapassando o recorde ajustado pela inflação de 1980. De acordo com a Bloomberg, este movimento tem sido apoiado pela procura dos bancos centrais, pelas entradas em fundos cotados e pelas tensões comerciais e geopolíticas.
Petróleo recua após corte de juros da Fed e aumento de reservas nos EUA
Os preços do petróleo mantêm-se em queda esta quinta-feira, refletindo a reação do mercado ao corte de 25 pontos-base nas taxas de juro decidido pela Reserva Federal dos EUA e ao aumento dos inventários de combustíveis norte-americanos.
A esta hora, o Brent, referência europeia, cede 0,26% para 67,77 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate, referência americana, recua 0,34%, para 63,83 dólares. O movimento segue a descida de 0,8% registada na véspera.
Apesar de taxas mais baixas tenderem a estimular a procura energética, os investidores já tinham antecipado a decisão da Fed e desfizeram posições defensivas que apostavam num corte mais profundo, segundo a agência de notícias financeiras Bloomberg. Ao mesmo tempo, o aumento das reservas de destilados nos EUA, que atingiram o nível mais elevado desde janeiro, acrescentou pressão negativa.
As cotações continuam ainda condicionadas pelos riscos geopolíticos, incluindo os ataques ucranianos contra infraestruturas energéticas russas, a rápida retoma da oferta da OPEP+, que aumenta os receios de excesso de oferta até ao final do ano e os impactos económicos das tarifas implementadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Ásia fecha entre ganhos e perdas depois de corte de juros nos EUA
Os índices asiáticos oscilaram entre ganhos e perdas na sessão desta quinta-feira, com as ações de tecnologia a impulsionarem os índices japoneses e sul-coreano, num dia marcado pela flexibilização dos juros diretores nos EUA pela primeira vez este ano. Pela Europa, os futuros apontam para uma abertura com ganhos, numa altura em que o Eurostoxx 50 avança 0,30%.
Entre os principais índices chineses, o Shanghai Composite caiu 1,21%. Já o Hang Seng de Hong Kong perdeu 1,65%. Pelo Japão, o Nikkei valorizou 1,13% e o Topix ganhou 0,46%. Já o sul-coreano Kospi pulou 1,28%.
Pelo Japão, os ganhos foram liderados por empresas de tecnologia, com o iene a registar perdas em relação ao dólar, depois de as expectativas de cortes agressivos nas taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA terem sido, para já, descartadas. A atenção dos investidores voltou-se também para a disputa pela liderança do Partido Liberal Democrático, atualmente no poder no país asiático.
Entre as cotadas nipónicas, a Nomura Research acabou por fechar o dia a ganhar quase 2%, enquanto a empresa química Resonac pulou mais de 11%. Já pela Coreia do Sul, a Samsung avançou 2,69% e a SK Hynix disparou mais de 5,55%.
Já no que toca à flexibilização da política monetária nos EUA, embora o banco central tenha concretizado o corte, os responsáveis salientaram que a política futura será decidida “reunião a reunião” e alertaram que “não existe um caminho sem riscos”. Mesmo assim, os membros da Fed preveem agora cerca de dois cortes adicionais de um quarto de ponto este ano, mais um do que o previsto em junho.
“Vai ser tudo como de costume”, disse à Bloomberg Andrew Jackson, da Ortus Advisors. O mercado continuará “a perseguir a alta em tecnologia e IA, com muito pouca realização de lucros a emergir do evento do Fed, apesar de a maioria dos índices estar perto de seus máximos históricos”, acrescentou.
Na sua reunião de ontem, a Fed reduziu as taxas de referência em um quarto de ponto percentual e previu mais duas reduções este ano, após meses de intensa pressão da Casa Branca para que o decisor de política monetária reduzisse os custos dos empréstimos. No Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), 11 dos decisores votaram a favor de reduzir as taxas em 25 pontos-base e apenas um votou contra. Assim, as taxas diretoras fixam-se agora no intervalo de 4% a 4,25%. A única dissidência veio do governador da Fed Stephen Miran, um aliado próximo de Donald Trump, que foi a favor de uma redução maior.
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