Banca já devolveu 12 milhões às famílias com juros negativos no crédito à habitação
Em 2018, os bancos foram obrigados a aplicar taxas de juro negativas aos créditos à habitação. Passados dois anos, os consumidores já receberam, em média, 326 euros, num total de quase 12 milhões de euros.
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O que era uma mera hipótese teórica tornou-se realidade em 2015: a Euribor, indexante de cerca de 95% dos contratos de crédito à habitação no nosso país, atingiu valores negativos, empurrando algumas taxas de juro para valores próximos de zero. O que se seguiu foi um exercício de má matemática: numa taxa que resulta da soma do spread com a Euribor, a banca recusava descer abaixo de zero, mesmo que o valor negativo do indexante excedesse o do spread. Contestámos, desde o primeiro momento. Defendemos que o risco assumido pelos consumidores com créditos de taxa variável deveria ser partilhado com os bancos, não apenas em tempos de subidas recorde dos juros (como em 2008), mas também quando estes resvalassem para valores negativos. Levámos a reivindicação à Assembleia da República e exigimos a intervenção do Banco de Portugal, que acabou por validar o posicionamento da banca.
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