Bolsas chinesas em máximos de 5 anos com otimismo sobre retoma económica
As ações chinesas escalaram para um máximo de cinco anos na sessão desta sexta-feira, com os investidores a olharem para indicadores económicos divulgados pela segunda maior economia do mundo com otimismo numa recuperação mais célere do que o previsto inicialmente.
O índice CSI 300, que reúne as maiores cotadas listadas em Xangai e em Shenzhen, consumou um ganho de 1,9% no fecho do dia de hoje, para um máximo tocado pela última vez em junho de 2015.
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Este bom desempenho do índice asiático, contrastando com a crise económica vivida em todo o mundo devido à atual pandemia, explica-se em parte pelos recentes dados económicos positivos sobre a China. Entre eles está o PMI (purchasing managers’ index) que mede o pulso à atividade económica dos países e que em junho subiu no ritmo mais elevado em mais de uma década no setor dos serviços chineses.
Por esta altura evidencia-se uma retoma acentuada no consumo por parte dos cidadãos chineses, o que tem contribuído para uma retoma em alguns setores da economia acima do esperado inicialmente. O PMI sublinhou que "os negócios estão altamente confiantes com as perspetivas económicas do país", apesar de saberem que uma recuperação total irá levar o seu tempo.
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Uma nota do Bank of America, e citada pelo Financial Times, mostrou ainda que "os casos de covid-19 na China estão aparentemente sob controlo e a reabertura da economia está a ser relativamente bem sucedida".
Para além dos dados animadores sobre a saúde da economia do país, o suporte orçamental e monetário robusto por parte do Banco Popular da China e do governo é outro dos fatores que proporciona este desempenho, tal como está a acontecer com o Banco Central Europeu ou a Reserva Federal dos Estados Unidos.
Contudo, o chinês CSI 300 está a ter uma prestação superior à dos congéneres de todas as restantes geografias. Enquanto que o S&P 500 continua com um saldo negativo de 3% e o Stoxx 600 com uma perda de 11% em 2020, o CSI regista um ganho superior a 4%, no ajuste para dólares.
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