Bolsas de Lisboa e Londres encerram a contrariar Europa no "vermelho"
Ouro a cair há três sessões. Euro em alta
Petróleo em alta e a caminho de nova subida semanal
Juros da dívida registam nova subida em dia de estimativa da inflação
Stoxx 600 derrapa 0,4%. Setor do turismo e viagens lidera quedas
Wall Street abre em baixa a digerir criação de emprego inferior ao esperado
Petróleo cede ligeiramente mas ganha 5,5% na semana
Ouro brilha com divulgação dos números do emprego nos EUA
Powell e inflação fazem agravar juros das dívidas
Europa encerra maioritariamente no "vermelho" com bolsas de Lisboa e Londres em contraciclo
Dólar "frustrado" com números do emprego nos EUA. Euro em alta
- Futuros apontam regresso a terreno positivo em dia de foco nos dados do emprego
- Ouro a cair há três sessões. Euro em alta
- Petróleo em alta e a caminho de nova subida semanal
- Juros da dívida registam nova subida em dia de estimativa da inflação
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Os futuros da Europa antecipam uma abertura em terreno positivo na última sessão da semana, após as quedas registadas na sessão anterior. Nesta altura, os futuros do Stoxx 50 dão conta de uma subida de 0,13%, sugerindo então o regresso "ao verde".
Se na sessão anterior eram digeridas as atas da reunião da Fed, com alterações à política monetária, nesta sessão o ponto de foco está nos dados do mercado laboral dos Estados Unidos, que serão conhecidos esta sexta-feira.
De acordo com as estimativas dos economistas, a economia norte-americana terá criado mais 422 mil empregos em dezembro (dados Dow Jones). Já a taxa de desemprego deverá rondar os 4,1%, quando no mês anterior se fixou nos 4,2%.
Na Ásia a sessão foi marcada por subidas em alguns dos índices e pelo deslize para o vermelho dos índices japoneses: o Nikkei cedeu 0,03% e o Topix derrapou 0,07%. Na primeira semana do ano, o Nikkei regista uma desvalorização de 1,09%, enquanto o Topix está a avançar 0,17%.
Em Hong Kong, o Hang Seng fechou com ganhos de 1,52%, na segunda sessão consecutiva em terreno positivo. Já a bolsa de Xangai caiu 0,18%. Na Coreia, o Kospi subiu 1,1%.
O ouro está a negociar pela terceira sessão consecutiva em terreno negativo. Nesta altura, este metal precioso está a ceder 0,13% para 1.788,77 dólares por onça. Há já dois dias que este metal está a negociar abaixo da fasquia dos 1.800 dólares por onça.
Assim, na primeira sessão de 2022, o ouro está a caminhar para uma queda semanal de cerca de 2%, a maior desde meados de novembro.
A pressionar o preço do ouro estão as indicações da Fed, que sinalizou que poderá fazer alterações mais rápidas à política monetária caso a inflação se mantenha elevada.
Já no mercado cambial, o euro está a valorizar 0,15% face ao dólar, para 1,1313 dólares. Já o dólar está a cair 0,16% perante um cabaz composto por moedas rivais.
O petróleo começa o ano com o "pé direito" e a caminhar para a terceira semana consecutiva de ganhos, numa altura em que alguns membros da OPEP+ enfrentam alguns constrangimentos, como é o caso do Cazaquistão ou da Líbia.
Assim, o West Texas Intermediate está a valorizar 0,39% para 79,77 dólares. Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência a Portugal, está a avançar 0,38%, com o barril já confortável acima da fasquia dos 80 dólares. Nesta altura, um barril de brent situa-se nos 82,3 dólares.
Enquanto no Cazaquistão decorrem tumultos, que já resultaram numa sangrenta onda de violência, que começaram com protestos contra a subida do preço dos combustíveis no arranque do ano, na Líbia verificam-se perturbações na oferta de petróleo.
Nas contas semanais, o WTI está a valorizar mais de 6%, enquanto o brent ronda os 5,79%.
"O ouro tem estado num "rally" nas últimas semanas com os mercados financeiros a classificar a ómicron, de forma certa ou errada, como uma aberração temporária", escrvee Jeffrey Halley, senior market analyst da Oanda Ásia, na newsletter diária. "Esse ímpeto acelerou esta semana, apesar do aumento de produção da OPEP+, e agora temos as disrupções no Cazaquistão e na Líbia a acrescentar a este sentimento "bullish"", indica este analista.
Os juros da dívida soberana continuam a agravar-se em vários países da Zona Euro, num dia em que o Eurostat revelará a estimativa rápida para a inflação em dezembro.
Enquanto os dados não são conhecidos, as "bunds" alemãs, vistas como a referência para o bloco europeu, estão a avançar 0,9 pontos base para -0,057%.
Já em Itália, regista-se uma subida dos juros a dez anos de 2,6 pontos base, elevando a yield para 1,296%, um novo máximo de três meses.
A Península Ibérica acompanha esta tendência de subida das yields: em Portugal, os juros a dez anos estão a agravar-se 1,5 pontos base para 0,545%, enquanto em Espanha regista-se uma subida de 1,6 pontos base nos juros com a mesma maturidade, para 0,635%.
As bolsas europeias estão a negociar de forma mista esta sexta-feira, depois das acentuadas quedas que marcaram a sessão anterior.
O Stoxx 600, o índice que agrupa as maiores cotadas do continente europeu, está a ceder 0,4% para 486,19 pontos, depois de ontem ter fechado a cair mais de 1%.
Na análise por setores, a maioria está a negociar no vermelho, sendo que as quedas mais acentuadas são registadas pelo setor das viagens, que tomba 1,56%, seguido pelo imobiliário, que desvaloriza 1,3%. Com poucos setores em terreno positivo, os recursos básicos lideram as subidas, a valorizar 1,29%, seguido pela tecnologia, que avança 0,52%.
Até aqui, a grande maioria dos setores regista um arranque de ano atribulado: apenas os setores da banca, automóvel, petróleo e gás, recursos básicos e turismo estão a registar variações positivas na primeira semana do ano.
"Os primeiros dias de 2022 mostraram-nos que a narrativa dos mercados está agora a mudar de forma abrupta com a reversão da liquidez dos bancos centrais a começar", indicam os estrategas do Barclays. "Desde que os fundamentais de crescimento se mantenham robustos, acreditamos que as ações vão continuar a ter capacidade para ultrapassar essa situação, já que não esperamos que os bancos centrais passem de uma postura extremamente "dovish" para extremamente "hawkish" de forma rápida".
Nesta altura, o PSI-20 está entre os índices que já passaram das perdas a ganhos, a valorizar 0,11%. Também o inglês FTSE está no verde (0,08%), tal como a bolsa de Amesterdão (0,21%) e a bolsa de Milão (0,55%). Em sentido contrário, o espanhol IBEX cede 0,45%, enquanto o alemão DAX cai 0,31% e o índice francês CAC cai 0,13%.
Os principais índices bolsistas norte-americanos abriram em ligeira baixa, com os investidores a avaliarem os mais recentes dados do mercado laboral.
O índice industrial Dow Jones segue a ceder 0,21% para 36.159,91 pontos. Na sessão de quarta-feira ticou num nível nunca antes atingido, nos 36.952,65 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 recua 0,06% para 4.693,05 pontos. Na negociação intradiária de terça-feira atingiu o valor mais alto de sempre, nos 4.818,62 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desliza 0,03% para se fixar nos 15.076,86 pontos. No passado dia 22 de novembro, recorde-se, atingiu um máximo histórico nos 16.212,23 pontos.
O emprego nos EUA aumentou em dezembro menos do que o esperado, pelo que o incremento nas contratações poderá manter-se moderado no curto prazo, numa altura em que os novos casos de covid-19 perturbam a atividade económica.
No mês passado, foram criados 199.000 empregos (excluindo o setor agrícola), anunciou hoje o Departamento norte-americano do Trabalho. Foi a menor criação de emprego mensal em todo o ano de 2021. Já os dados de novembro foram revistos em alta, com o número de contratações a ascender a 249.000 e não aos 210.000 inicialmente reportados.
A taxa de desemprego, por sua vez, caiu para 3,9% em dezembro, contra 4,2% no mês precedente.
Os economistas inquiridos pela Reuters apontavam para mais 400.000 postos de trabalho e uma taxa de desemprego nos 4,1%.
As contratações abaixo do esperado poderão dever-se à escassez de mão de obra nalguns setores e a anomalias decorrentes do chamado ajustamento sazonal, usado pelo governo para remover as flutuações dos sazonais dos dados, refere a Reuters.
Os preços do "ouro negro" inverteram para a baixa, a corrigirem das recentes subidas, mas estão a caminho de um ganho semanal em torno de 5,5% devido à queda dos stocks nos EUA, aos tumultos no Casaquistão e à perturbação da oferta da Líbia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em fevereiro segue a ceder 0,32% para 79,21 dólares por barril.
Já o contrato de fevereiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,5% para 81,95 dólares.
No entanto, no saldo semanal, o Brent ganha cerca de 5,5% e o WTI soma quase 6%.
Além da queda dos inventários norte-americanos de crude na semana passada, os preços também foram impulsionados pela sublevação popular no Cazaquistão, que levou a uma sangrenta onda de violência – que começou com protestos contra a subida do preço dos combustíveis no arranque do ano – e que já fez com que se interrompesse a produção do gigante campo petrolífero de Tengiz.
"A situação política no Cazaquistão está a ficar cada vez mais tensa", referia ontem o Commerzbank numa nota de análise citada pela Reuters. "E este é um país que atualmente produz 1,6 milhões de barris diários de petróleo", acrescenta.
A queda na oferta de crude líbio contribuiu igualmente para esta subida semanal dos preços. Segundo a empresa estatal National Oil Corp, a Líbia está a produzir 729.000 barris por dia, uma forte redução face aos mais de 1,3 milhões de barris diários do ano passado, devido a operações de manutenção e ao encerramento de campos petrolíferos.
"O preço do petróleo esteve a subir, com as preocupações em torno do fornecimento mais uma vez no topo da agenda. A agitação no Cazaquistão e a instabilidade na Líbia continuam a preocupar os mercados, mais uma vez destacando o facto de que a oferta continua a ser o principal fator na decisão sobre os preços do petróleo", sublinha Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe, na sua análise diária.
"Os receios do final de novembro de que a variante ómicron pudesse prejudicar a procura foram deixados de lado, com os investidores a olhar para a situação no Cazaquistão e na Líbia e a elevarem o preço do barril, já que qualquer redução na oferta provavelmente exacerbará as atuais dificuldades para atender à crescente procura global", acrescenta.
O ouro segue a subir após ter estado em baixo durante três semanas, depois da divulgação dos dados do emprego e desemprego nos EUA.
O "metal amarelo" está a valorizar 0,12% para 1.790.22 dólares a onça. Paládio segue a tendência positiva, enquanto a prata e a platina "perdem o brilho", no vermelho.
O emprego nos EUA aumentou em dezembro menos do que o esperado, pelo que o incremento nas contratações poderá manter-se moderado no curto prazo, numa altura em que os novos casos de covid-19 perturbam a atividade económica.
No mês passado, foram criados 199.000 empregos (excluindo o setor agrícola), anunciou hoje o Departamento norte-americano do Trabalho. Foi a menor criação de emprego mensal em todo o ano de 2021. Já os dados de novembro foram revistos em alta, com o número de contratações a ascender a 249.000 e não os 210.000 inicialmente reportados.
A taxa de desemprego, por sua vez, caiu para 3,9% em dezembro, contra 4,2% no mês precedente.
Os economistas inquiridos pela Reuters apontavam para mais 400.000 postos de trabalho e uma taxa de desemprego nos 4,1%.
As contratações abaixo do esperado poderão dever-se à escassez de mão de obra nalguns setores e a anomalias decorrentes do chamado ajustamento sazonal, usado pelo governo para remover as flutuações dos dados, refere a Reuters.
Os juros das dívidas soberanas na zona euro estão a subir há dois dias, em reação aos sinais dados pela Fed sobre as taxas de juro nos Estados Unidos.
O banco central liderado por Jerome Powell divulgou as atas da última reunião de política monetária, realizada entre 14 e 15 de dezembro, quando anunciou que iria duplicar o ritmo da retirada gradual dos estímulos ("tapering"), tendo sido sinalizada a possibilidade de haver três aumentos dos juros este ano e mais três no próximo.
Agora, nas atas da reunião, ficou a saber-se que os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) admitiram mesmo a possibilidade de a subida das taxas diretoras poder começar mais cedo e ser mais rápida do que o previsto.
Face à ideia de subida do custo do dinheiro, os juros das dívidas começaram a agravar em ambos os lados do Atlântico na última sessão e assim se mantiveram esta sexta-feira. Os EUA têm uma subida de 5,7 pontos base para 1,778%.
Já referência europeia, as Bunds alemãs a 10 anos, agravam 1,7 pontos base, ficando menos negativas em -0,049%. A yield de França avança 2,2 pontos para 0,281% e (fora da zona euro) a do Reino Unido 1,6 pontos para 1,169%.
No Sul da Europa, Portugal acompanha com um agravamento na yield da dívida a 10 anos de 3,4 pontos para 0,564% e Espanha de 1,7 pontos para 0,636%. A maior subida é, no entanto, da Grécia que dispara 12,6 pontos base para 1,487%.
A par de Powell, também a inflação está a ser um fator neste desempenho. O índice de preços no consumidor disparou 5% na zona euro em dezembro, segundo dados conhecidos esta sexta-feira. De acordo com o Eurostat, o maior contributo foi dado pela energia, que subiu 26%.
As bolsas europeias terminaram a primeira semana do ano mistas, ainda a digerir as atas da última reunião da Fed, que apontam para um "mais agressivo" do banco central norte-americano em relação à retirada de estímulos monetários e à subida das taxas de juro.
Depois de ter iniciado o ano com novos recordes, o Stoxx 600, índice que serve de referência para a Europa, fechou a cair 0,39%, com 370 cotadas no "vermelho". A pressionar estiveram sobretudo os setores do turismo (-1,60%), o setor alimentar (-1,19%) e o setor automóvel (-1,09%).
Já os setores da banca (+1,04%), os recursos básicos (+1,89%) e o petróleo e gás (+0,33%) foram os que mais valorizaram e contribuíram para que as quedas do Stoxx 600 não fossem tão expressivas.
Numa dia marcado por grande volatilidade dos mercados, o PSI-20 conseguiu inverter a tendência negativa nos últimos minutos de negociação e encerrou com uma subida muito ligeira de 0,07%, depois de ontem a bolsa de Lisboa ter recuado 1% e ter quase apagado os ganhos registados este ano.
No resto da Europa, o índice alemão DAX caiu 0,88%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,42%, o espanhol IBEX perdeu 0,69% e o italiano FTSE MIB deslizou 0,46%. Já o britânico FTSE somou 0,27%.
O Índice do Dólar da Bloomberg está a desvalorizar 0,48% para 96,20 pontos, depois do anúncio dos números do emprego e do desemprego nos EUA.
A "nota verde" não resistiu à frustração, no que toca à criação de emprego nos EUA no último mês de 2021. O emprego nos Estados Unidos da América aumentou em dezembro menos do que o esperado, pelo que o incremento nas contratações poderá manter-se moderado no curto prazo, numa altura em que os novos casos de covid-19 perturbam a atividade económica.
No mês passado, foram criados 199.000 empregos (excluindo o setor agrícola), anunciou hoje o Departamento norte-americano do Trabalho. Foi a menor criação de emprego mensal em todo o ano de 2021. Já os dados de novembro foram revistos em alta, com o número de contratações a ascender a 249.000 e não aos 210.000 inicialmente reportados.
A taxa de desemprego, por sua vez, caiu para 3,9% em dezembro, contra 4,2% no mês precedente.
Os economistas inquiridos pela Reuters apontavam para mais 400.000 postos de trabalho e uma taxa de desemprego nos 4,1%.
As contratações abaixo do esperado poderão dever-se à escassez de mão de obra nalguns setores e a anomalias decorrentes do chamado ajustamento sazonal, usado pelo governo para remover as flutuações dos sazonais dos dados, refere a Reuters.
Por sua vez, na Zona Euro, a moeda única europeia está a somar 0,37% para 1,1339 euros.
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