Hong Kong complica relação EUA-China e pressiona Wall Street
Os avanços e recuos na relação comercial entre Washington e Pequim continuam. Se ontem, no início da sessão a expectativa era de que as duas partes estavam perto de selar a primeira fase do acordo comercial parcial, hoje a situação alterou-se e Wall Street ressentiu-se.
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Por esta altura, o Dow Jones perde 0,19% para 27.881,22 pontos, o S&P 500 cai 0,18% para 3.114,48 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite escorrega 0,3% para os 8.544,86 pontos.
O Senado dos Estados Unidos aprovou de forma unânime o "Ato de Democracia e Direitos Humanos de Hong Kong", uma legislação que coloca o país norte-americano ao lado dos protestantes de Hong Kong.
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Esta notícia foi mal digerida pelos representantes chineses e pode mesmo ser um entrave para a conclusão deste primeiro passo para se alcançar um acordo parcial. Pequim tem-se manifestado contra a violência e os protestos ganharam força em junho deste ano, mês em que quase 2 milhões de pessoas se fizeram ouvir nas ruas.
O vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence alertou ontem que dificilmente os EUA assinam um acordo com a China caso Pequim responda com violência aos protestos que duram há várias semanas em Hong Kong.
Contudo, apesar das más notícias sobre as relações externas, uma série de fortes perspetivas de ganhos em algumas empresas norte-americanas, como das retalhistas Lowe e Target, cujas ações sobem 5% e 7%, respetivamente.
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Apesar da turbulência, o foco dos investidores continua na divulgação das minutas da Reserva Federal dos EUA, que ocorrerá esta quarta-feira, 20 de novembro. O banco central do país cortou a taxa de juro diretora pela terceira vez este ano, em outubro, e sinalizou que iria ativar o "modo espera" por enquanto.
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