Impacto da crise de Itália nos mercados em 10 gráficos

Os investidores estão a reagir à situação política em Itália. Os activos italianos estão a afundar, e arrastam a generalidade dos congéneres. O "papão" da desintegração da Zona Euro voltou a assombrar os mercados.
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Sara Antunes 29 de Maio de 2018 às 11:33

A manhã está a ser de fortes quedas nos mercados internacionais. As bolsas europeias estão a registar descidas acentuadas, com o destaque para o mercado italiano, cujo principal índice cai mais de 2%. Mas Portugal segue as pisadas.

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No mercado de dívida o sentimento é de grande nervosismo, com os investidores a fazer duplicar as taxas de juro italianas de curto prazo. O euro está a registar o maior ciclo de quedas desde Janeiro de 2015 continua. O euro está a negociar pela primeira vez desde Novembro abaixo de 1,16 dólares. 

Os juros italianos estão a disparar em todos os prazos. Nas maturidades mais curtas - entre dois e cinco anos - a subida dos juros é superior a 100 pontos base. A taxa de juro a 10 anos está em máximos de 2014, superando os 3%. Um patamar que também já foi ultrapassado pelos juros a cinco anos. 

Veja os 10 gráficos em cima para perceber o impacto da crise italiana nos mercados.

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Veja os 10 gráficos em cima para perceber o impacto da crise italiana nos mercados.

Investidores temem eurocépticos a liderar Itália

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A justificar este desempenho negativo está a situação política em Itália. Os italianos foram às urnas a 4 de Março, e o Movimento 5 Estrelas ganhou as eleições. Contudo não conseguiu maioria. As negociações com a Liga decorreram e as duas forças políticas conseguiram escolher um nome para primeiro-ministro. Giuseppe Conte foi o escolhido. E aprovado pelo presidente da República, Sergio Mattarella. Contudo, a escolha para a pasta das Finanças foi chumbada pelo chefe de Estado. Conte escolheu Paolo Savona para o Ministério da Economia. Mas Mattarella rejeitou ter à frente das Finanças do país um eurocéptico que defende a saída de Itália da Zona Euro.

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Esta situação levou a que Conte desistisse de formar governo. Mattarella foi rápido da solução. Convocou Carlo Cottarelli, um ex-responsável do Fundo Monterário Internacional (FMI) para o convidar a formar governo. Um convite que foi aceite.

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Cottarelli aceitou e impôs uma condição: o Parlamento terá de viabilizar o Executivo através de uma moção de confiança. Caso contrário Itália ficará, de novo, sem governo.  Num cenário em que o Parlamento aprova este governo apartidário, as eleições deverão ser convocadas para o início de 2019. Se a moção for chumbada, então deverão ser convocadas eleições ainda em Agosto. 

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Os receios dos investidores estão relacionados precisamente com as eleições. Ou melhor, com o potencial reforço do poder dos partidos eurocépticos.

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