Maiores limitações da falta de literacia financeira no país "são relacionadas com crédito"

Desde 2022, o programa “Finanças para Todos” já formou mais de seis mil portugueses. Em entrevista ao Negócios no canal NOW, Miguel Ferreira, coordenador deste projeto, explica que o objetivo é "dar resposta a um desafio importante na sociedade portuguesa, que é melhorar os níveis de literacia financeira".
Maiores limitações da falta de literacia financeira no país "são relacionadas com crédito"
João Duarte Fernandes e Inês Santinhos Gonçalves 12 de Junho de 2025 às 14:44

Desde 2022, o programa “Finanças para Todos” já formou mais de seis mil portugueses e prepara novas edições para imigrantes e para PME. Desenvolvido pela Nova SBE com o apoio da Fidelidade, foi distinguido como o melhor projeto de educação financeira para adultos a nível mundial.

Em entrevista ao Negócios no canal NOW, Miguel Ferreira, coordenador deste programa, explica que o objetivo é "dar resposta a um desafio importante na sociedade portuguesa, que é melhorar os níveis de literacia financeira".

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Nesta linha, o coordenador do projeto diz que apenas 40% dos portugueses tem conhecimentos financeiros básicos, sendo que Portugal é o segundo pior país dentro da União Europeia (UE) no que toca à literacia financeira, de acordo com um estudo recente da Comissão Europeia.

Assim, defende que as maiores limitações que esta falta de literacia financeira traz aos portugueses são, para além das dificuldades no investimento, "relacionadas com crédito", salientando que "as pessoas sentem necessidade de melhorar os seus conhecimentos" nesta área. 

Face a estes desafios, Miguel Ferreira diz que as pessoas procuram, com o programa "Finanças para Todos", principalmente "aquilo que tem a ver com planeamento e orçamento familiar, como podem poupar mais e tirar mais partido dessas poupanças". Além disso, e apesar de o programa ser para adultos, defende um plano nacional de literacia financeira para as escolas, visto que "é importante que a formação comece cedo e que acompanhe todo o percurso escolar dos nossos jovens, porque só assim é que terão a capacidade de tomar boas decisões financeiras que melhorem o seu bem-estar financeiro" em adultos.

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Sobre a continuidade e o futuro do programa, o coordenador do projeto nota que "temos agora abertas inscrições para a quarta edição e já recebemos mais de 10 mil inscrições", sendo que no próximo ano "planeamos voltar a dar formação a cerca de 3 mil pessoas". 

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