Trade Republic lança-se às cripto após mercados privados e dívida

O neobanco vai permitir aos seus clientes que transfiram, pagam e façam "staking" de criptomoedas.
Pablo López tornou-se, em setembro, 'country manager' da Trade Republic para a Península Ibérica.
Trade Republic
Ricardo Jesus Silva 14 de Novembro de 2025 às 22:43

Com um novo diretor de operações ao volante em Portugal, a Trade Republic continua a expandir os seus serviços e voltou, esta sexta-feira, a reforçar a aposta no mundo dos ativos digitais. O neobanco lançou uma carteira de criptomoedas, que permite aos seus clientes transferir, pagar e fazer "staking" deste tipo de ativos, posicionando-se assim "entre os primeiros bancos europeus totalmente regulados a oferecer a funcionalidade cripto completa", afirma em comunicado. 

Esta carteira dá acesso a cerca de meia centena de criptomoedas e permite aos utilizadores reaverem 2% do valor despendido em transações elegíveis, "reinvestido automaticamente num plano de poupança ativo, com um investimento mínimo mensal de 50 euros, até um gasto mensal de 1.500 euros", informa a Trade Republic. O neobanco avisa, no entanto, que "pagar com cripto é considerado uma venda, podendo gerar mais-valias ou menos-valias e ter implicações fiscais". 

PUB

O novo produto permite ainda aos clientes da instituição financeira fazer "staking" de criptomoedas, ou seja, bloquear as suas moedas digitais numa rede de "blockchain" para ajudar a mantê-la segura e funcional, em troca do que a Trade Republic diz serem "recompensas períodicas", que são muitas vezes pagas na mesma moeda. "As recompensas são pagas automaticamente e exibidas em tempo real, mas não são garantidas e podem variar. Enquanto estiverem em staking, as criptomoedas não podem ser vendidas", explica ainda o neobanco. 

As criptomoedas vão ser guardadas numa "cold wallet", ou seja, desconectada da internet, pela BitGo Europe GmbH. A expansão no mercado dos ativos digitais "marca um passo decisivo na estratégia da Trade Republic para expandir a sua plataforma de gestão de património", isto depois de já ter alargado os seus e para 

“Portugal está a viver uma adoção cripto cada vez mais madura: os investidores já não procuram apenas especular, mas integrar os ativos digitais no seu dia a dia. Com a nova Crypto Wallet, damos um passo decisivo para que qualquer pessoa possa transferir, pagar e gerar rentabilidade com as suas criptomoedas dentro de um ambiente bancário regulado pelo MiCA [regulamento europeu para o setor]", indica Pablo López, "country manager" da Trade Republic para Espanha e Portugal, citado em comunicado.

PUB

De acordo com dados disponibilizados pelo neobanco, a Trade Republic já conta com 10 milhões de utilizadores, espalhados por 18 mercados europeus. Ao todo, a fintech gere mais de 150 mil milhões de euros em ativos. No que diz respeito à Península Ibérica, a instituição financeira já com com mais de um milhão de utilizadores, embora não desagregue os dados entre Portugal e Espanha. 

Pub
Pub
Pub