Trump mantém laços com sauditas para petróleo não "disparar"
O presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu terça-feira que continuará a apoiar a Arábia Saudita apesar de as suspeitas do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi recairem sobre este Estado oriental, com a intenção de manter o preços do petróleo baixos.
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"A Arábia Saudita, se quebrássemos laços com eles, penso que os preços do petróleo disparariam. Eu mantive-os baixos. Eles ajudaram-me a mantê-los baixos", explicou Trump quando questionado pelos jornalistas.
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As declarações do presidente norte-americano vieram na sequência de um comunicado emitido pela Casa Branca que tornava oficial o apoio de Washington a Riade, mesmo após a morte do jornalista Jamal Khashoggi. O jornalista, que era residente nos Estados Unidos e conhecido como crítico do regime saudita, foi assassinado no consulado Arábia Saudita em Istambul, na Turquia.
Apesar de ter sido noticiado que a CIA concluiu que foi o Príncipe Mohammed bin Salman a ordenar a morte do jornalista, Trump mostrou dúvidas acerca dessa mesma conclusão na terça-feira: "talvez tenha sido ele, talvez não". Entretanto, os Estados Unidos já sancionaram 17 indivíduos ligados ao assassínio.
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Esta quarta-feira, o petróleo segue a somar acima de 1% após as fortes quebras da sessão anterior. O petróleo chegou a perder mais de 7%, motivado pelo sell-off das bolsas (que levam a menos apetite ao risco por parte dos investidores) e pelos receios de que os cortes na produção pela não sejam suficientes para compensar a subida nos inventários mundias. Agora, o barril de Brent, referência para a Europa, avança 1,36% para os 63,38 dólares, uma correcção que acontece após a divulgação de dados do Instituto Americano de Petróleo, que apontam para uma quebra nas reservas americanas na última semana.
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