IMF – Economia dos EUA cresceu 2,1% em 2022

Inflação subjacente do Japão renovou máximo de 41 anos; Eur/Jpy acima de 140 ienes; Economia dos EUA cresceu 2,1% em 2022; Eur/Usd renovou máximos de 9 meses; Petróleo acima dos $80; Ouro recua nos $1950.
IMF - Informação de Mercados Financeiros 30 de Janeiro de 2023 às 14:15

| Inflação subjacente do Japão renovou máximo de 41 anos; Eur/Jpy acima dos 140 ienes

A inflação subjacente do Japão de dezembro foi de 4% face ao período homólogo, correspondendo ao dobro da meta de 2% do Banco Central, renovando máximos de mais de 41 anos. Esta subida superou o registo de 3,7% observado em novembro. É de mencionar que a inflação subjacente japonesa exclui os preços voláteis dos bens alimentares frescos, mas inclui os preços da energia. A inflação como um todo também foi de 4% y/y, mas abaixo dos 4,4% esperados pelo mercado. A subida da inflação aumenta as expectativas de o BOJ abandonar a sua política monetária ultra acomodatícia e começar a subir taxas de juro, tal como os restantes bancos centrais têm vindo a fazer. É ainda de mencionar que nas suas projeções fiscais bianuais o Governo do Japão subiu as suas estimativas para as suas taxas de juro a longo prazo ao longo dos próximos anos. Assim, segundo as projeções, as taxas de longo prazo deverão subir desde os 0,3% neste ano fiscal para os 0,4% em entre 2023 e 2025, subindo eventualmente até 3,1% no ano fiscal de 2032. Estimaram ainda que uma subida de 0,5 pontos percentuais nas taxas de longo prazo iria adicionar 3,3 pontos percentuais ao rácio entre a divida e o PIB do país.

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Em termos técnicos, podemos observar o Eur/Jpy conseguiu na última semana quebrar em alta o nível dos 140 ienes, tendo, no entanto, permanecido abaixo da resistência importante dos 142,5 ienes. Espera-se que no curto prazo o par realize mais testes a tal resistência, podendo eventualmente ter sucesso numa das tentativas.

| Economia dos EUA cresceu 2,1% em 2022; Eur/Usd renovou máximos de 9 meses

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A economia dos EUA manteve um ritmo forte de crescimento no quarto trimestre de 2022, tendo o PIB expandido 2,9% em termos anualizados, face às expectativas dos analistas de 2,6%, mas inferior aos 3,2% registados no terceiro trimestre. Verificou-se que um crescimento robusto do segundo semestre do ano compensou a contração de 1,1% registada nos primeiros seis meses de 2022. No total, no ano de 2022, a economia expandiu 2,1%, representando menos de metade da leitura de 5,9% do ano de 2021. Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade económica dos EUA, foram o principal impulsionador do crescimento do 4º trimestre. Alguns analistas consideram que este poderá ser o último trimestre com um forte crescimento, antes do aperto monetário da Fed (subida de 425 pontos base no ano passado) começar a apresentar o seu efeito. Adicionalmente, é de mencionar que o PMI Composto (Indústria + Serviços) da S&P Global referente à Zona Euro subiu para os 50,2 em janeiro, de 49,3 no mês anterior, tendo ficado acima das estimativas dos analistas de 49,8, segundo a estimativa preliminar conhecida ontem. A mais recente leitura aponta para a primeira expansão da atividade empresarial desde junho do ano passado, devido a uma recuperação na atividade do setor terciário e a uma contração mais suave no setor transformador.

A nível técnico, o Eur/Usd, na última semana, renovou máximos de 9 meses nos $1,0929, após ter quebrado em alta a resistência dos $1,08 , transacionando acima de tal nível. Assim, espera-se que no curto prazo o par continue a valorizar, aproximando-se cada vez mais da possível resistência no nível dos $1,10.

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| Petróleo acima dos $80/barril

Na semana passada, os preços do crude continuaram acima dos $80/barril. É de destacar que o petróleo beneficiou de um crescimento económico dos EUA acima do esperado no quarto trimestre e de um aumento das expectativas de uma recuperação rápida da procura da China, sendo este um dos maiores importadores de petróleo a nível mundial.

A nível técnico, na última semana, o crude apresentou uma valorização, mas sem quebrar a resistência que parece existir nos $82.65/barril. Acima deste nível, o crude poderia subir para $85 primeiro e $90/barril a seguir.

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| Ouro recua nos $1950/onça

O ouro, expresso em dólares, recuou face ao teste dos $1950. Adicionalmente, os preços do ouro foram afetados pelo faco de os dados do crescimento dos EUA no 4º trimestre terem sido lidos acima do esperado, servindo como apoio para a Fed realizar mais aumentos da sua taxa de juro, influenciando negativamente o preço do metal precioso.

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Na semana passada, o ouro falhou um teste à resistência do nível dos $1950/onça, tendo recuado desde então. Espera-se que o metal precioso seja novamente suportado pelo nível dos $1900, levando eventualmente à realização de outro teste à resistência supramencionada.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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