IMF – Trump confirmou tarifas para México e Canadá

| Canadá cresceu mais que o esperado no 4º trimestre

A economia do Canadá cresceu 2.6% no 4º trimestre, em termos anualizados, acima dos 1.9% esperados e da revisão em alta de 1% para 2.2% no 3º trimestre. Em cadeia, a economia cresceu 0.6%, após a contração de 0.5% do trimestre anterior. Em termos mensais, em dezembro, o PIB cresceu 0.2%, abaixo dos 0.3% esperados, mas acima da contração de 0.2% de novembro. De acordo com o Statscan, os gastos das famílias, que respondem por mais de metade do PIB, cresceram 1.4% no 4º trimestre, no seu maior salto desde o 2º trimestre de 2022. A construção residencial cresceu 3,9%, no seu maior aumento trimestral desde o 1º trimestre de 2021, enquanto o investimento empresarial registou um crescimento de 0.7% no 4º trimestre. Uma estimativa rápida do Statscan aponta para um crescimento mensal de 0.3% em janeiro.

O Eur/Cad iniciou a última semana em alta subir, renovando máximos de mais de 3 semanas, ligeiramente abaixo dos C$1.51. O nível dos C$1.51 poderá ser uma resistência para o Eur/Cad. Durante o resto da semana, o par apresentou uma correção ligeira, permanecendo em volta dos C$1.50.

| Trump confirmou tarifas para México e Canadá a partir de 4 de março

Donald Trump, Presidente dos EUA, afirmou que as tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadianos irão entrar em vigor a 4 de março tal como previsto porque, alega, continuam a entrar estupefacientes nos EUA provenientes desses países. Trump acrescentou que será imposta uma tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses nesse dia - para além dos 10% implementados a 4 de fevereiro e outras tarifas que já existiam. O mercado antecipava que as tarifas sobre o México e o Canadá pudessem ser adiadas para inícios de abril. Funcionários da administração Trump indicaram que o prazo de abril é referente às anteriormente anunciadas "tarifas recíprocas". Quanto à ameaça recente de Trump sobre a imposição de tarifas de 25% à União Europeia, não houve mais certezas ou detalhes.

O Eur/Usd começou a semana ligeiramente abaixo dos $1.05, nível onde permaneceu durante alguns dias, acabando depois por renovar máximos de quase 1 mês nos $1.0528. No entanto, no final da semana, após as declarações de Trump, o Eur/Usd perdeu terreno e voltou a transacionar perto de $1.0400, onde renovou mínimos de 2 semanas. O indicador MACD anulou o sinal de compra do par.

| Petróleo voltou a recuar

O petróleo começou a semana a perder terreno, penalizado por dados económicos desapontantes nos EUA e na Alemanha e pelo facto de o aumento dos stocks de produtos refinados nos EUA ter acentuado o pessimismo quanto à procura de combustíveis. No final da semana, os preços do petróleo recuperaram depois do anúncio da revogação da licença da Chevron para operar na Venezuela, o que poderá levar a uma menor oferta no mercado.

O preço do petróleo iniciou a última semana a recuar, ao ponto de quebrar em baixa o suporte dos $70.3/barril e renovar mínimos de 10 de dezembro nos $68.36/barril. Durante a segunda metade da semana a matéria-prima recuperou terreno, mas permaneceu ligeiramente abaixo do antigo suporte supramencionado.

| Ouro com semana de queda

Após 8 semanas consecutivas de valorização, o ouro apresentou a sua pior semana em 3 meses, com os investidores a concretizar lucros. Para além disso, o ouro também foi penalizado por um dólar um pouco mais forte.

O preço do ouro iniciou a semana a renovar máximos históricos nos $2956/onça, mas depois apresentou 4 sessões consecutivas de perdas, ao ponto de, na sexta-feira, renovar mínimos de mais de 3 semanas perto dos $2830/barril.

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