IMF – Inflação dos EUA abaixo do esperado
Inflação dos EUA e Reino Unido abaixo do esperado em setembro; Petróleo com valorização significativa; Ouro registou uma correção
| Inflação dos EUA subiu, mas menos do que era esperado
A inflação homóloga dos EUA subiu para 3.0% em setembro, atingindo máximos de janeiro. Ficou acima dos 2.9% de agosto, mas abaixo dos 3.1% esperados pelo mercado. Em cadeia, a inflação foi de 0.3%, abaixo dos 0.4% esperados e registados no mês anterior. A inflação foi impulsionada pela subida de 4.1% m/m nos preços da gasolina e de 1.5% nos preços da energia. Já a inflação dos alimentos subiu 0.2% m/m. A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares e energia, fixou-se nos 3.0% y/y, abaixo dos 3.1% esperados e registados no mês anterior. Em cadeia, a inflação subjacente foi de 0.2%. Estes números são particularmente importantes dada a escassez de dados desde o início do "shutdown" do governo dos EUA. A Casa Branca alertou para a possibilidade de, em novembro, não haver uma leitura da inflação sobre outubro. O mercado dá como certo um corte de taxas de 25 pontos base na próxima reunião da FED.
O Eur/Usd iniciou a última semana com uma correção ligeira, recuando desde os $1.1700 para ligeiramente abaixo dos $1.1600. No entanto, no final da semana, com a divulgação dos dados de inflação dos EUA, o Eur/Usd apresentou um ressalto ligeiro, para níveis novamente acima dos $1.1600. É de mencionar que o par tem um suporte robusto perto do nível dos $1.1400. O indicador MACD manteve aberto o seu sinal de venda e a média móvel a 200 dias subiu para perto dos $1.1290.
| Inflação do Reino Unido abaixo do esperado
A inflação homóloga do Reino Unido permaneceu em 3,8% em setembro, abaixo dos 4% esperados pelo mercado, o que aumenta a possibilidade de um novo corte de taxas por parte do Banco de Inglaterra ainda este ano. Os preços dos alimentos e bebidas subiram 4,5% face ao mesmo período do ano anterior, mas a um ritmo mais lento em comparação com os 5,1% registados em agosto. Já a inflação dos serviços permaneceu estável, mas também abaixo das expectativas. Os mercados atribuem agora 76% de probabilidade a uma redução de taxas de juro em dezembro, face aos 22% de há duas semanas. A decisão também poderá depender, no entanto, dos detalhes do Orçamento de Outono anunciado pela Ministra das finanças, Rachel Reeves, em novembro.
O Eur/Gbp iniciou a última semana calmo, em torno das £0,8670. No entanto, de quarta-feira adiante, o câmbio registou uma subida significativa, ao ponto de, na sexta-feira renovar máximos de quase 1 mês ligeiramente abaixo da resistência robusta das £0,8750. Esta resistência tem impedido a valorização do par desde finais de julho. O Eur/Gbp tem um suporte no nível das £0,8600. O indicador MACD inverteu o seu sinal de venda e a média móvel a 200 dia subiu para as £0,8530.
| Petróleo com valorização significativa
O petróleo registou uma semana de ganhos após os EUA terem imposto sanções às principais empresas russas de petróleo, Rosneft e Lukoil, devido à guerra na Ucrânia, levando empresas de energia na China e na Índia a equacionarem reduzir ou mesmo interromper as importações de petróleo russo.
Foi uma semana de valorização significativa para o petróleo, que subiu desde meados dos $58/barril até, na sexta-feira, renovar máximos de mais de duas semanas ligeiramente acima dos $62.50/barril.
| Ouro registou uma correção
O preço do ouro apresentou uma correção acentuada, com os investidores a realizarem lucros após as expectativas de cortes nas taxas de juro dos EUA e a procura sustentada por ativos de refúgio terem levado o metal a máximos históricos no início da semana.
O ouro iniciou a última semana a renovar máximos históricos acima dos $4380/onça. No entanto, na terça-feira o preço do metal precioso apresentou uma queda significativa, ao ponto de se aproximar novamente dos $4000/onça. Nas restantes sessões da semana, o preço do ouro rondou os $4100/onça.
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