IMF – Inflação dos EUA acelerou em junho
Inflação dos EUA acelerou em junho; Reino Unido: Inflação em máximos de janeiro de 2024; Petróleo com semana volátil; Ouro com semana estável.
| Inflação dos EUA acelerou em junho
A inflação homóloga dos EUA acelerou para os 2.7% em junho, face aos 2.4% registados em maio, numa subida antecipada pelo mercado. Em cadeia, a inflação foi de 0.3%, na maior leitura desde janeiro, como o esperado, acima dos 0.1% registados em maio. As componentes da habitação (+1% m/m) que representam 35.4% do cabaz de preços, foram novamente um dos principais fatores de impulso da inflação. No entanto, a subida foi parcialmente compensada por uma queda de 0.7% m/m nos preços dos automóveis e camiões usados. A inflação dos alimentos cresceu 0.3% m/m, tal como em maio. A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares e energia, subiu de 2.8% para os 2.9%y/y em junho, face à subida esperada para 3%. O mercado está a atribuir uma probabilidade de 70% a um corte das taxas de juro da FED na próxima reunião a 30 de julho.
O Eur/Usd desvalorizou ligeiramente ao longo das primeiras sessões da semana, tendo se aproximado do suporte dos $1,1450, onde renovou mínimos de mais de três semanas pelos $1,1553. No entanto, na última sessão, o par recuperou terreno, transacionando agora pelos $1,1650. O indicador MACD tem o sinal de venda do par aberto, e a média móvel a 200 dias subiu para os $1.0898.

| Reino Unido: Inflação em máximos de janeiro de 2024
A inflação do Reino Unido subiu inesperadamente para o seu nível mais elevado desde janeiro de 2024, para os 3.6% y/y em junho, face aos 3.4% esperados e registados no mês anterior. Em cadeia, a inflação foi de 0.3%, acima dos 0.2% esperados pelo mercado. De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS), os preços mais elevados do combustível, das tarifas aéreas e dos bilhetes de comboio foram os fatores que mais contribuíram para a subida da inflação no mês de junho. A inflação dos alimentos foi de 4.5%, na sua maior leitura desde fevereiro de 2024. A inflação dos serviços, observada de perto pelo BoE, manteve-se nos 4.7% y/y em junho. O BoE espera que a inflação atinja um máximo de 3.7% em setembro, quase o dobro do seu objetivo de 2%. O mercado atribui agora uma probabilidade de 77% a um corte de 25 pb na reunião a 7 de agosto do BoE.
A semana foi negativa para o Eur/Gbp que perdeu terreno, aproximando-se do suporte presente pelas £0,86. O par cota atualmente em torno das £0,8661, depois de ter recuperado terreno na sexta-feira. O indicador MACD fechou o seu sinal de compra e a média móvel a 200 dias do Eur/Gbp subiu para £0.8406.

| Petróleo com semana volátil
O preço do petróleo iniciou a semana a recuar, após os EUA imporem um prazo de 50 dias à Rússia para alcançar um entendimento de paz, ameaçando com sanções os países que continuem a adquirir petróleo russo. Esta decisão reduz o risco de quebras imediatas no abastecimento. No entanto, nas últimas sessões da semana, a cotação recuperou devido a novos ataques com drones a instalações petrolíferas no Curdistão iraquiano, que cortaram a produção regional em cerca de metade.
Na semana passada, o petróleo desvalorizou durante as primeiras sessões, depois de ter renovado máximos de mais de 3 semanas na segunda-feira. A matéria-prima cotou em torno dos $65,40/barril, em mínimos de mais de uma semana, próxima do suporte presente pelos $64/barril, tendo, posteriormente, ressaltado e voltado a negociar acima dos $68/barril.

No início da semana, o ouro negociava em níveis não registados nas últimas três semanas, impulsionado por uma procura acrescida de ativos de refúgio. Esta tendência foi travada a meio da semana pelo fortalecimento do dólar que, ao enfraquecer nas sessões seguintes, permitiu ao metal precioso recuperar valor.
A semana foi calma para o ouro, que lateralizou entre os $3320/onça e os $3360/onça. O metal-precioso iniciou a semana com uma ligeira correção, o que o levou a negociar pelos $3320/onça tendo, no entanto, recuperado nas sessões seguintes.

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