Administração da Martifer dá ok a preço da OPA
O conselho de administração da Martifer aprovou o relatório sobre a oportunidade e as condições da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Visabeira Indústria, no início do mês passado, na sequência da assinatura de um acordo parassocial tripartido entre o grupo de Viseu, a Mota-Engil e a I’M, dos irmãos Martins.
“Face ao exposto e atendendo à incerteza geopolítica e macroeconómica atual”, a administração do grupo de Oliveira de Frades considera que “a oferta e suas condições são adequadas e, ao comportamento histórico das ações da Martifer em mercado regulamentado, a contrapartida da oferta merece ser tida em conta, e é suscetível de ser aceite pelos acionistas”, defende o “board” no relatório divulgado esta segunda-feira, 1 de setembro, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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A contrapartida oferecida, de 2,057 euros por ação, tem sido duramente criticada pelos pequenos investidores.
A análise da administração liderada por Carlos Martins observa que nos “três anos anteriores ao anúncio preliminar inicial da oferta, a cotação de fecho diária situou-se entre 0,82 euros e 2,21 euros por ação”, concluindo que a contrapartida da oferta representa respetivamente um prémio de 13,2% e 5,2%, face à cotação média ponderada pelo volume respetivamente dos 24 e 12 meses imediatamente anteriores ao anúncio da OPA.
Recorde-se que, no âmbito do acordo tripartido, a Visabeira ficará com 37,5% da Martifer, a Mota-Engil mantém os seus 37,5% e a “holding” dos irmãos Carlos e Jorge Martins descem a sua participação para 25%, sendo que os três grupos controlam 87,53% dos diretos de voto da empresa.
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Após analisar o anúncio preliminar e o projeto de prospeto da OPA, o “board” da empresa fundada pelos irmãos Martins concluiu que “não se anteveem alterações significativas na estrutura de recursos humanos, nas condições laborais dos trabalhadores e dirigentes da Martifer, nem nas relações com os demais ‘stakeholders’, nomeadamente clientes, fornecedores, prestadores de serviços e instituições financeiras”.
De resto, a administração da Martifer recomenda que “cada acionista tome uma decisão individual alinhada com os seus objetivos enquanto investidor e acionista da Martifer, recorrendo, sempre que considerar necessário, à assessoria legal, fiscal ou financeira que julgar mais adequada, ponderando cuidadosamente a aceitação ou não da proposta”.
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Na elaboração deste relatório, o “board” da Martifer foi assessorado pela Forvis Mazars, no que respeita a aspetos financeiros, e pela PLMJ no que concerne a aspetos jurídicos.
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