Visabeira Indústria lança OPA sobre a Martifer
A contrapartida oferecida no anúncio preliminar da oferta pública de aquisição é de 2,057 euros por ação, informa o comunicado enviado à CMVM.
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A Visabeira Indústria SGPS anunciou na madrugada desta quarta-feira o lançamento de uma oferta pública geral e obrigatória de aquisição (OPA) da totalidade das ações representativas do capital social da Martifer SGPS, refere um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A contrapartida oferecida pela Visabeira é “igual ou ligeiramente superior ao preço médio ponderado das Ações apurado em mercado regulamentado nos seis meses imediatamente anteriores à data da publicação deste Anúncio Preliminar (a saber, é de €2,057 por Ação – arredondado para cada acionista, se necessário, para o cêntimo imediatamente superior - ou de €2 por Ação, consoante tais seis meses incluam ou não a presente data, segundo o que for o entendimento a tal respeito da CMVM).
O valor “será pago em dinheiro, deduzido de qualquer montante (ilíquido) que venha a ser atribuído a cada Ação, a título de dividendos, de adiantamento sobre os lucros do exercício ou de distribuição de reservas”.
O comunicado esclarece que a contrapartida corresponde a 1,60 euros, “acrescido de um montante igual ao do dividendo distribuído pela Sociedade relativamente ao exercício de 2025, considerando-se como lucro distribuído a parcela do mesmo que não possa sê-lo em virtude de limitações contratuais decorrentes dos financiamentos bancários da Sociedade”.
Em junho, a CMVM decidiu que a entrada da Visabeira no capital da Martifer, comunicada em outubro do ano passado, não estaria sujeita à obrigação de lançamento de uma OPA. Contudo, a alteração das condições terá levado ao lançamento da OPA obrigatória.
Em causa estava a compra por parte do grupo de Viseu de 24% da Martifer à holding dos irmãos Martins, que detinha cerca de 48% do capital. Em outubro do ano passado, quando o negócio foi anunciado, a I'M SGPS, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, indicou ter estabelecido um acordo parassocial com a Visabeira, mas a operação ficou condicionada a que nenhuma das partes incorresse no dever de lançamento de uma OPA obrigatória.
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