Após quarto maior ganho de sempre, Martifer afunda 15% com a OPA
As ações da Martifer voltaram, pelo segundo dia consecutivo, a serem as grandes protagonistas na bolsa de Lisboa. Na terça-feira, os títulos da empresa de estruturas metálicas fecharam a subir 24,55%, o quarto melhor dia nos 18 anos que está cotada em bolsa, atingindo máximos desde abril de 2010.
O movimento, que não tinha nenhum catalisador evidente, coincidiu com um elevado volume transacionado, sendo mesmo a sessão em que mais ações da Martifer trocaram de mãos desde dezembro passado: 336.156.
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Foi já quase à meia-noite de ontem que um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) dava conta da intenção da Visabeira, em conjunto com a I'M, dos irmãos Martins, e da Mota-Engil lançarem uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital da Martifer.
O anúncio levou o supervisor a determinar a suspensão da negociação das ações da empresa, para que os investidores tivessem tempo para absorver "a informação divulgada pela emitente".
Os títulos da empresa liderada por Pedro Duarte apenas voltaram a negociar pelas 14:15, minutos antes de um esclarecimento ao mercado indicando que a contrapartida na OPA será de 2,057 euros por ação, uma vez que tinha de ser considerada para a cotação média nos últimos seis meses a sessão de terça-feira. O anúncio da OPA levantava a possibilidade de a contrapartida ser de 2,00 euros, uma vez que excluía a sessão de ontem.
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E em apenas pouco mais de duas horas as ações da Martifer afundaram 15,33%, para os 2,32 euros, com 367.139 títulos negociados. Esta é a sexta maior queda de sempre e a mais severa desde setembro de 2022. O volume foi o maior desde novembro de 2019.
Apesar da forte queda desta quarta-feira, a cotação encontra-se ainda 12,78% acima da contrapartida oferecida. No fecho da véspera, ainda antes do anúncio da OPA, os títulos cotavam 33,2% acima do valor que acabou por vir a ser oferecido.
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