BCP dispara mais de 8% para máximos de 15 meses após resultados "acima do previsto"
As ações do BCP - Banco Comercial Português estão a valorizar 8,49% para os 17,38 cêntimos por ação, o que representa um máximo desde fevereiro do ano passado e a maior subida intradiária desde janeiro deste ano. A impulsionar esta prestação em bolsa estão os resultados "acima do esperado" apresentados ontem, já depois do fecho de sessão.
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Até ao momento foram negociadas 68,5 milhões ações do banco liderado por Miguel Maya, superando a média diária dos últimos seis meses de 53,7 milhões de títulos transacionados.
"Os resultados foram acima das nossas expectativas", começam por escrever os analistas do CaixaBank/BPI, numa nota a que o Negócios teve acesso, dizendo que os números relativos ao segmento das provisões, a redução de custos e a boa prestação do segmento de "trading" saíram acima do esperado.
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O BCP obteve lucros de 57,8 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Um aumento face ao mesmo período do ano passado, apesar de o banco liderado por Miguel Maya ter constituído 112,8 milhões de euros para riscos legais associados a créditos em francos suíços, na Polónia.
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Os analistas do CaixaBank/BPI previam uma subida homóloga de 35% no lucro líquido referente aos primeiros três meses deste ano, para os 48 milhões de euros. Quanto à qualidade dos ativos, o BCP registou uma redução dos NPE (non-performing exposure, onde se inclui o crédito malparado) na ordem dos 827 milhões desde março de 2020, dos quais 725 milhões em Portugal. Já desde o início do ano, esta descida é de 195 milhões (dos quais 170 milhões em Portugal).
As ações do BCP dispararam 38% só em maio, numa altura em que existem seis bancos de investimento a recomendarem "comprar" ações do banco, cinco que aconselham "manter" e um a dizer que o melhor será "vender". O preço-alvo médio de todas as avaliações é de 15 cêntimos, abaixo da cotação atual.
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