BCP aumenta lucros para 57,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano
O banco aumentou os lucros em mais de 60%, apesar de ter constituído 112,8 milhões de euros em provisões para fazer face a riscos legais relacionados com os créditos em francos suíços, na Polónia.
O BCP obteve lucros de 57,8 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. Um aumento face ao mesmo período do ano passado, apesar de o banco liderado por Miguel Maya ter constituído 112,8 milhões de euros para riscos legais associados a créditos em francos suíços, na Polónia.
Os analistas do CaixaBank/BPI previam uma subida homóloga de 35% no lucro líquido referente aos primeiros três meses deste ano, para os 48 milhões de euros. "O resultado líquido consolidado do Millennium bcp ascendeu a 57,8 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021, evidenciando um crescimento face aos 35,3 milhões de euros apurados no trimestre homólogo do ano anterior", de acordo com as contas do banco divulgadas esta segunda-feira, num comunicado enviado à CMVM. Esta "evolução favorável ficou a dever-se ao bom desempenho apresentado pela atividade em Portugal, pese embora o mesmo tenha sido atenuado pelo menor contributo da atividade internacional, nomeadamente da subsidiária polaca, fortemente condicionada pelo reforço da provisão extraordinária constituída para fazer face ao risco legal associado aos créditos hipotecários concedidos em moeda estrangeira, que ascendeu a 112,8 milhões de euros nos primeiros três meses de 2021 (12,7 milhões de euros no mesmo período de 2020)", indica. "Este reforço significativo das provisões na subsidiária polaca reflete as tendências negativas das decisões judiciais, o aumento do número de novos processos judiciais e a aplicação de pressupostos mais conservadores na avaliação de risco", refere ainda o BCP. As imparidades e provisões totalizaram 242,8 milhões de euros nos primeiros três meses de 2021. Ao longo dos primeiros três meses, a margem financeira cifrou-se em 376 milhões de euros, que compara com 385,5 milhões de euros contabilizados no mesmo período do ano anterior. "Esta evolução incorpora duas dinâmicas distintas, caracterizadas, por um lado, pelo bom desempenho da atividade em Portugal e, por outro, pela redução verificada na atividade internacional", explica o BCP no comunicado. Já as comissões líquidas ascenderam a 177,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021, situando-se 1% abaixo dos 179,8 milhões de euros alcançados no trimestre homólogo do ano anterior. Por outro lado, os custos operacionais, não considerando o efeito dos itens específicos, totalizaram 258,6 milhões de euros, uma descida de 6,4% face aos primeiros três meses de 2020, "beneficiando da evolução favorável registada quer na atividade em Portugal, quer na atividade internacional". Os custos com o pessoal registaram uma quebra de 6,7%. Quanto à qualidade dos ativos, o BCP registou uma redução dos NPE (non-performing exposure, onde se inclui o crédito malparado) na ordem dos 827 milhões desde março de 2020, dos quais 725 milhões em Portugal. Já desde o início do ano, esta descida é de 195 milhões (dos quais 170 milhões em Portugal). Já sobre os rácios de capital, a instituição financeira indica que o rácio CET1 se situou nos 12,2%. A carteira de crédito (bruto) consolidada do BCP registou um crescimento de 3% em relação aos 54.685 milhões de euros alcançados em 31 de março de 2020, atingindo 56.351 milhões de euros no final do primeiro trimestre deste ano. Houve ainda um crescimento de 7,1 mil milhões de euros nos recursos totais de clientes do grupo. (Notícia atualizada com mais informação.)
"O resultado líquido consolidado do Millennium bcp ascendeu a 57,8 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021, evidenciando um crescimento face aos 35,3 milhões de euros apurados no trimestre homólogo do ano anterior", de acordo com as contas do banco divulgadas esta segunda-feira, num comunicado enviado à CMVM.
Esta "evolução favorável ficou a dever-se ao bom desempenho apresentado pela atividade em Portugal, pese embora o mesmo tenha sido atenuado pelo menor contributo da atividade internacional, nomeadamente da subsidiária polaca, fortemente condicionada pelo reforço da provisão extraordinária constituída para fazer face ao risco legal associado aos créditos hipotecários concedidos em moeda estrangeira, que ascendeu a 112,8 milhões de euros nos primeiros três meses de 2021 (12,7 milhões de euros no mesmo período de 2020)", indica.
"Este reforço significativo das provisões na subsidiária polaca reflete as tendências negativas das decisões judiciais, o aumento do número de novos processos judiciais e a aplicação de pressupostos mais conservadores na avaliação de risco", refere ainda o BCP.
As imparidades e provisões totalizaram 242,8 milhões de euros nos primeiros três meses de 2021.
Ao longo dos primeiros três meses, a margem financeira cifrou-se em 376 milhões de euros, que compara com 385,5 milhões de euros contabilizados no mesmo período do ano anterior. "Esta evolução incorpora duas dinâmicas distintas, caracterizadas, por um lado, pelo bom desempenho da atividade em Portugal e, por outro, pela redução verificada na atividade internacional", explica o BCP no comunicado.
Já as comissões líquidas ascenderam a 177,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021, situando-se 1% abaixo dos 179,8 milhões de euros alcançados no trimestre homólogo do ano anterior.
Por outro lado, os custos operacionais, não considerando o efeito dos itens específicos, totalizaram 258,6 milhões de euros, uma descida de 6,4% face aos primeiros três meses de 2020, "beneficiando da evolução favorável registada quer na atividade em Portugal, quer na atividade internacional". Os custos com o pessoal registaram uma quebra de 6,7%.
Quanto à qualidade dos ativos, o BCP registou uma redução dos NPE (non-performing exposure, onde se inclui o crédito malparado) na ordem dos 827 milhões desde março de 2020, dos quais 725 milhões em Portugal. Já desde o início do ano, esta descida é de 195 milhões (dos quais 170 milhões em Portugal).
Já sobre os rácios de capital, a instituição financeira indica que o rácio CET1 se situou nos 12,2%.
A carteira de crédito (bruto) consolidada do BCP registou um crescimento de 3% em relação aos 54.685 milhões de euros alcançados em 31 de março de 2020, atingindo 56.351 milhões de euros no final do primeiro trimestre deste ano.
Houve ainda um crescimento de 7,1 mil milhões de euros nos recursos totais de clientes do grupo.
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