Bolsas europeias pressionadas pelos resultados da reunião do BCE

As principais bolsas da Europa fecharam o dia a negociar em terreno negativo, influenciadas pelo facto de o BCE não ter anunciado novas medidas de estímulo económico.
Jorge Garcia 06 de Junho de 2013 às 18:03

As bolsas europeias fecharam esta quinta-feira no vermelho, penalizadas pelas palavras do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi. A instituição decidiu manter a taxa de juro da Zona Euro no mínimo histórico de 0,5%, aguardando agora mais dados económicos que lhe permitam avaliar a necessidade de novas reduções no preço do dinheiro.

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Na conferência de imprensa mensal em Frankfurt, Mario Draghi apresentou novas projecções trimestrais da equipa de economistas do Eurosistema para o crescimento e para a inflação da Zona Euro. Estas apontam para uma recessão ligeiramente maior este ano (-0,6%) do que o esperado anteriormente, e para uma recuperação um pouco maior em 2014 (1,1%). A inflação manter-se-á abaixo de 1,5% nos dois anos. Além disso, o BCE não reportou novas medidas de estímulo, o que acabou por penalizar a negociação bolsista.

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O Stoxx Europe 600, índice que reúne as 600 maiores empresas do continente, perdeu 1,16% para 291,69 pontos, registando, ainda assim, uma subida de 4,3% desde o início do ano.

 

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“Precisamos que a economia global recupere, precisamos de confiança para isso”, afirmou Chris Godding, da Signia Wealth. “Há muita capacidade excedentária na economia europeia e há muito potencial. O BCE só precisa de fazer o seu trabalho garantindo que há liquidez para esse potencial”.

 

Também os pedidos às fábricas alemãs caíram em Abril mais do que os economistas previram, de acordo com dados divulgados hoje.

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A bolsa italiana foi a que mais perdeu, com o MIBTEL a depreciar 2,63% para 16.525,07 pontos. O PSI-20, o índice bolsista português registou a segunda maior depreciação do dia, de 1,36% para 5.793,19 pontos.

 

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Em Espanha, o IBEX caiu 0,89% para 8.216,70 pontos, com o BBVA e a Abertis a contribuírem para o sucedido, com quedas de 1,85% e 1,16% para 7,041 euros e 13,595 euros, respectivamente.

 

Na Alemanha, o DAX desvalorizou 1,19% para 8.098,81 pontos, com o Deutsche Bank a desvalorizar 2,27% para 35,025 euros. O CAC 40, o índice francês, depreciou 0,99% para 3.814,28, com destaque para as quedas da Axa e do BNP, de 2,17% e 2,14% para 15,075 euros e 43,705 euros, respectivamente.

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Em Londres, o FTSE seguiu no vermelho, a perder 1,30% para 6.336 pontos, 11 pontos, e o ASE/FTSE, o índice grego, depreciou 1,05% para 331,34 pontos.

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