Corticeira Amorim atinge cotação de fecho recorde
As acções da Corticeira Amorim encerraram a sessão a subir 1,03% para 9,82 euros, a cotação de fecho mais elevada de sempre, que foi atingida no dia em que a empresa revelou os resultados de 2016.
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Ao longo da sessão os títulos chegaram a subir 1,82% para 9,897 euros, um valor muito próximo do máximo histórico atingido a 19 de Outubro (9,899 euros). Desde o início do ano as acções acumulam agora uma valorização de 14,94%.
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Esta evolução acontece depois de a empresa ter revelado, esta manhã, que fechou o ano de 2016 com lucros de 102,7 milhões de euros, uma subida de 86,7% face ao ano anterior. Pela primeira vez na sua história, a produtora de cortiça superou a fasquia dos 100 milhões de euros, num ano em que o EBITDA ascendeu a 122,34 milhões de euros e que as vendas aumentaram 6,1% para 641,4 milhões de euros.
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O CaixaBI – que antecipava lucros de 100,2 milhões de euros – destaca que os resultados "como um todo, foram sólidos, apelativos e razoavelmente alinhados com as nossas estimativas".
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"A Corticeira Amorim teve um ano forte em resultados, conseguindo apresentar crescimentos de vendas e de margens em todos os segmentos operacionais", lê-se na nota de análise publicada esta quarta-feira. "O resultado líquido cresceu 87%, 2,6% acima das nossas estimativas, ultrapassando a marca dos 100 milhões, como esperado".
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Já o BPI, referindo-se aos resultados relativos apenas ao quarto trimestre, refere que as vendas ficaram 2% acima do esperado, e o EBITDA 4% abaixo. Também a dívida líquida (36 milhões de euros) superou as previsões dos analistas do BPI, de 26 milhões. Apesar do desvio do EBITDA e da dívida face às estimativas, o BPI sublinha que isso "não deverá ter impacto relevante" na sua avaliação.
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Analistas destacam dividendo abaixo do esperado
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Ao contrário dos lucros, que superaram as estimativas, o dividendo proposto pela empresa liderada por António Rios de Amorim, de 18 cêntimos por acção, ficou abaixo do previsto pelo CaixaBI.
"A empresa baixou para 0,3x o rácio Net Debt/EBITDA e trouxe o gearing para cerca de 8%. Na nossa opinião, estes rácios são demasiado conservadores para a empresa, pelo que esperávamos que anunciasse o pagamento de um dividendo superior aos 0,18 euros propostos", notam os analistas da unidade de investimento da CGD.
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Os 18 cêntimos representam um aumento face ao dividendo regular de 16 cêntimos pago no ano passado, mas se for tido em conta a remuneração total, a distribuição aos accionistas é inferior.
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A empresa pagou em Dezembro um dividendo especial de 8 cêntimos por acção, pelo que com o pagamento dos 18 cêntimos agora anunciados, perfaz uma remuneração total de 26 cêntimos em relação ao exercício de 2016.
Também o BPI refere que esperava uma remuneração total de 30 cêntimos relativo ao ano passado.
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