Dados da inflação dão gás a Wall Street. EA dispara mais de 14%

Os principais índices dos EUA fecharam com ganhos, depois de os investidores terem aproveitado a queda dos ativos de risco nas últimas sessões para reforçar posições, num dia em que o índice PCE ficou em linha com as expectativas do mercado. A empresa de videojogos EA disparou, após notícias de que estará prestes a fechar um acordo para sair de bolsa.
AP/Seth Wenig
João Duarte Fernandes 26 de Setembro de 2025 às 21:11

Os principais índices do lado de lá do Atlântico fecharam a semana em alta, num dia em que os investidores aproveitaram a queda dos ativos de risco nas últimas sessões para reforçar posições, depois de um importante indicador de inflação ter ficado dentro das expectativas do mercado. Os mais recentes dados dão agora mais espaço à Reserva Federal (Fed) para lidar com o arrefecimento do mercado de trabalho.

O S&P 500 subiu 0,59%, para os 6.643,70, o tecnológico Nasdaq Composite subiu 0,44% para os 22.484,07. Já o Dow Jones avançou 0,65% para os 46.247,29.

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O indicador preferido de inflação da Fed – o índice das despesas pessoais de consumo (PCE na sigla em inglês) - O valor foi revelado nesta sexta-feira pelo Gabinete de Análise Económica do Departamento de Comércio dos EUA. Já o índice de preços subjacentes (core) – que exclui os preços da energia e alimentos por serem mais voláteis – subiu 2,9% em agosto numa base anual. Nas variações em cadeia, o PCE avançou 0,3% face a julho e o índice "core" avançou 0,2%.

O valor coloca a inflação ainda acima da meta de 2% ambiciona pelo banco central dos EUA.

Nesta linha, os investidores continuam a apostar que a Fed irá ainda avançar com cortes nas taxas de juro em cerca de 40 pontos-base antes do final de 2025.

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“Acreditamos que o banco central continua no caminho certo para reduzir novamente as taxas de juro na sua próxima reunião em outubro, uma vez que está claro que a inflação está estável o suficiente para lidar com taxas de juro mais baixas”, disse à Bloomberg Clark Bellin, da Bellwether Wealth. E após quedas de três dias no mercado de ações, os dados são bons o suficiente para atrair compradores, de acordo com David Russell, da TradeStation.

Os dados divulgados nesta sexta-feira também mostraram que os gastos pessoais nos EUA aumentaram em agosto acima do previsto, ilustrando a resiliência do consumidor. O presidente da Fed, Jerome Powell,

Chris Zaccarelli, da Northlight Asset Management, disse à agência de notícias financeiras que “o mercado em alta vai continuar enquanto os consumidores mantiverem os seus empregos e continuarem a gastar, e as empresas forem capazes de se ajustar e adaptar às condições do mercado”.

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Entre os movimentos do mercado, a conhecida empresa de videojogos Electronic Arts (EA) disparou quase 15%, após o Wall Street Journal ter avançado que estará prestes a fechar um acordo para sair de bolsa. Já a Intel, , fechou o dia com uma valorização de mais de 4%, depois de notícias de que a Administração Trump estará a ponderar um novo plano para reduzir a dependência dos EUA em relação aos chips fabricados no estrangeiro. Também a GlobalFoundries beneficou da informação e pulou mais de 8%.

Entre as “big tech”, a Nvidia subiu 0,28%, a Alphabet ganhou 0,25%, a Microsoft somou 0,87%, a Meta cedeu 0,69%, a Apple caiu 0,55% e a Amazon valorizou 0,75%.

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