“Desplastificar” a economia é obviamente uma responsabilidade de todos nós, não só dos que produzem, dos que distribuem, mas também dos que consomem. Voltar ao passado até parece ser a solução…
Um Estado costeiro tem soberania plena sobre os recursos após o reconhecimento internacional dos seus limites exteriores, quando estes estão para além das 200 milhas. Mas a questão é se esse direito exclusivo lhe dá a titularidade ilimitada sobre o fundo marinho.
Somos, de facto, apenas poeira planetária, mas que, na nossa escala espaciotemporal, nos faz sentir a necessidade de sobreviver. É neste planeta, representado por um único píxel azul-claro, que temos de alicerçar, por ora, todas as condições para a nossa sobrevivência.
Estou convencido de que à medida que o tempo passa, e a folga inercial dada pela natureza diminui, as medidas corretivas serão muito mais duras de executar e com maiores limitações para as populações. Certamente, nessa altura iremos questionar-nos porque é que, sabendo que estas alterações ambientais iriam acontecer, não fizemos nada em tempo para as evitar… apesar das muitas conferências realizadas.
A atual tendência em promover uma moratória para a mineração marinha poderá dar o tempo suficiente à ciência para que essa atividade seja feita com base no conhecimento e na proteção ambiental, sob pena de entrarmos numa espiral destrutiva do suporte de vida do planeta.
Cada vez que fazemos uma viagem de avião, de carro, ou até quando comemos um bife suculento, acabamos por ser cúmplices desta crise ambiental.
O facto de [Sines] se encontrar localizado no ponto mais próximo dos Estados Unidos poderá constituir uma porta de entrada alternativa às fontes energéticas, nomeadamente gás liquefeito, para suprir as necessidades europeias.
Portugal, país fronteiro do eixo atlântico, poderá assumir um papel relevante na coordenação e monitorização da enorme quantidade de cabos de comunicações submarinos que passam ao largo do nosso triângulo estratégico atlântico (continente – Açores – Madeira).
Os ventos que sopram do Leste europeu não têm sido dos melhores. O atual conflito na Ucrânia tem modificado a ordem internacional vigente para um formato ainda em evolução. Os atores regionais vão ajustando as suas estratégias por forma a minimizar danos económicos e consequências políticas. Um ator que tem ganho uma relevância incontestável neste conflito é a Turquia.
O recente anúncio por parte da Autoridade Reguladora de Energia Atómica do Japão, em autorizar o despejo no mar de mais de um milhão de toneladas de águas residuais radioativas tratadas, remete-nos para uma análise aprofundada das consequências do desastre ocorrido em 2011.
Não consigo sequer imaginar que um governo consciente autorize o emprego de meios destrutivos do fundo submarino para exploração do mar profundo nos dias de hoje.