Deutsche Bank afunda 6% depois de recomendar corte do dividendo

O banco alemão Deutsche Bank estima prejuízos de 6,2 mil milhões de euros no terceiro trimestre e poderá cortar ou eliminar o seu dividendo anual, refere a Bloomberg.
Deutsche Bank afunda 6% depois de recomendar corte do dividendo
Bloomberg TV e Carla Pedro 08 de Outubro de 2015 às 02:03

O Deutsche Bank prevê uma perda líquida de 6,3 mil milhões de euros no terceiro trimestre, podendo recomendar ou mesmo eliminar a distribuição de dividendos, refere a Bloomberg.

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Este anúncio feito pelo banco alemão está a fazê-lo afundar na negociação bolsista fora do horário regular. O Deutsche Bank segue a perder 6,1%, para 27 dólares, no "after-hours" da bolsa nova-iorquina.

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Estes fortes prejuízos deverão intensificar as pressões sobre o novo co-CEO, John Cryan, no sentido de proceder a um aumento de capital, apesar de o Deutsche Bank ainda estar acima dos mínimos regulatórios após as perdas, sublinha por seu lado o Financial Times.

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A justificar estas perdas poderão estar vários factores: a amortização associada aos requisitos de capital e a venda da sua unidade Postbank para emagrecer as suas actividades na banca de investimento.

 

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Além disso, correm informações na imprensa de que o banco alemão está entre as entidades expostas ao escândalo de manipulação de emissões nos motores a diesel de automóveis do grupo Volkswagen.

 

Recorde-se ainda que o próprio Deutsche Bank teve a sua dose de escândalos nos últimos tempos, o que levou a que em inícios de Junho os seus dois presidentes executivos – Anshu Jain e Juergen Fitschen – apresentassem a demissão.

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Anshu Jain renunciou no final de Junho, enquanto Juergen Fitschen ficará no cargo até depois da reunião anual de accionistas do Deutsche Bank, marcada para Maio de 2016.

 

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Os dois presidentes executivos estavam na liderança do banco desde 2012 e os seus mandatos terminavam em Março de 2017.

 

Foi um membro do conselho fiscal, John Cryan, de 54 anos, o escolhido para assumir em Julho o cargo de Anshu Jain e para, mais tarde, se tornar o único presidente executivo após a saída de Juergen Fitschen.

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