EDP Renováveis e Galp Energia ditam queda do PSI-20
A bolsa nacional arrancou a sessão desta quinta-feira, 13 de Dezembro, com uma desvalorização de 0,08% para os 8.828,85 pontos, contrariando a tendência positiva das bolsas europeias. A aproximação de Itália às exigências orçamentais de Bruxelas e a sobrevivência de Theresa May ao voto de desconfiança esvaziaram alguma da instabilidade presente na Europa.
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A sessão de hoje vai ser também marcada pela última reunião do Banco Central Europeu (BCE) antes do fim do programa de compra de activos. "Na pré-abertura, os índices europeus negociavam com ganhos ligeiros", antecipavam os analistas do BPI no diário de bolsa, assinalando que "a reunião de hoje do BCE marcará o fim de uma importante era".
A contribuir para as subidas na Europa está a cedência de Itália à Comissão Europeia ao reajustar o défice de 2019 de 2,4% para 2,04%, um anúncio feito ontem depois das bolsas fecharem. Parecem estar assim reunidas as condições necessárias para se pôr fim ao braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas.Já ao início da noite a primeira-ministra britânica evitou a queda do Governo ao vencer o voto de desconfiança no Parlamento que tinha sido iniciativa de parte do seu próprio partido. Theresa May garante assim que se mantém no cargo durante os próximos meses, mas continua sem apoios para aprovar o acordo de saída firmado com as instituições europeias. Hoje May estará no Conselho Europeu para discutir o Brexit com os líderes europeus.
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, segue a subir 0,34% para os 351,12 pontos.
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Em Lisboa, 11 cotadas estão a subir, seis a descer e uma inalterada. Ainda assim, as quedas pesam mais do que as subidas. A EDP Renováveis cede 2,31% para os 7,605 euros e a Galp Energia perde 1,05% para os 14,14 euros numa altura em que o petróleo soma ganhos ligeiros. EDP, Navigator e Semapa também começaram a sessão a desvalorizar.
Mas, na realidade, a maior parte das cotadas arrancou a subir. O BCP sobe 0,61% para os 24,76 cêntimos, a Jerónimo Martins valoriza 0,15% para os 10,35 euros e a Sonae soma 0,43% para os 82,35 cêntimos. Ambas as retalhistas estão a recuperar depois da queda registada no dia em que foi lançado um anúncio de pré-greve dos funcionários dos supermercados para o dia 24 de Dezembro.
Destaque ainda para a subida de 6,07% para os 18,88 cêntimos das acções da Pharol um dia depois da empresa liderada por Palha da Silva ter anunciado que não vai fazer uso da autorização obtida no mês passado para reforçar o seu capital e acorrer através desse meio ao aumento de capital da Oi. Se o fizer, será com outros meios. Esta decisão deve-se às condições adversas de mercado.
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(Notícia actualizada pela última vez às 8h25)
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