Belmiro de Azevedo injecta 77 milhões de euros na Sonae Indústria
Belmiro de Azevedo injectou 77 milhões de euros no aumento de capital da Sonae Indústria. Mais dois milhões do que o valor mínimo com que se havia comprometido. A injecção de capital permite, assim, a que o actual maior accionista da produtora de painéis de madeira continue a sê-lo.
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A Sonae Indústria informa que – em relação à deliberação de um aumento de capital pelo seu conselho de administração – recebeu esta quinta-feira, 13 de Novembro, fundos provenientes do seu accionista Efanor Investimentos e da sociedade por si controlada (Efanor), num montante total de 77.034.262,49 euros, "a título de realização antecipada da subscrição das respectivas participações no aumento de capital actualmente em curso".
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"Encontra-se, desta forma, cumprido o compromisso anteriormente assumido pela Efanor de realização, directa e indirectamente, de um montante mínimo de 75 milhões de euros no referido aumento de capital", sublinha o comunicado enviado à CMVM.
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A realização antecipada pela Efanor "evidencia novamente o apoio desse accionista à presente operação de aumento de capital e permite cumprir a condição essencial para a execução dos acordos de refinanciamento assinados anteriormente com os principais bancos credores, tal como anunciado em 28 de Outubro de 2014".
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Possibilita também à Sonae Indústria "o refinanciamento de um montante entre 300 e 325 milhões de euros de dívida, em condições significativamente mais favoráveis, não só em termos de perfil de maturidade (prorrogando a respectiva maturidade final para prazos entre 6 e 8 anos, incluindo um período de carência mínimo de reembolsos de capital de 3 anos), mas também em termos de custo de dívida", conclui o documento. Estes acordos com os seus bancos estavam condicionados à subscrição de metade das 15 mil milhões de novas acções emitidas no aumento de capital. O que já aconteceu com a decisão da Efanor.
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Efanor pode ficar com mais de 90% da Indústria
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Caso o aumento de capital não seja totalmente subscrito, a Efanor poderá vir a ficar com mais de 90% do capital. Mas compromete-se a não retirar a empresa de bolsa.
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Como tinha uma posição de 51% (que elevou agora para 51,3%), a Efanor, de Belmiro de Azevedo (na foto), é quem controla o que acontece nesta empresa, cujo restante capital está disperso em bolsa por diversos accionistas.
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A Efanor vai continuar a mandar na companhia de aglomerados de madeira após o aumento de capital que vai realizar nas próximas semanas. Mas não se sabe por quantos direitos de voto vai responder. No limite, pode ficar com mais de 90% do capital, se mais ninguém injectar os 73 milhões de euros em falta para cumprir o objectivo máximo do aumento de capital.
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Antes da operação, a Efanor comprometeu-se a manter a posição relativa de 51%. Ou seja, vai ter de investir 75 milhões de euros da quantia máxima de 150 milhões de euros que a Sonae Indústria pretende arrecadar.
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