Nos sofre maior queda em sete anos após cortar dividendo
As ações da Nos desvalorizaram um máximo de 8,03% para os 4,098 euros, na sessão desta sexta-feira, dia 21 de fevereiro, o que representa a maior queda intradiária desde julho de 2013.
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Este movimento descendente surgiu na sequência da divulgação de resultados da empresa, em que a cotada propôs uma descida no valor do dividendo na ordem dos 21%, face ao ano passado. A remuneração a pagar, referente ao exercício de 2019, será de 27,8 cêntimos por ação, o que compara com os 35 cêntimos por ação pagos no ano anterior. Para além de esta ser a queda mais robusta que a Nos apresenta durante uma sessão desde meados de 2013, os 4,098 euros por ação atingidos nesta sexta-feira significam um mínimo desde agosto de 2014.
Foram negociadas 5.850.093 ações, um valor quase oito vezes superior à liquidez média diária dos últimos seis meses fixada nos 758.791 títulos transacionados.
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No comunicado com a apresentação de resultados, o CEO Miguel Almeida refere que "esta remuneração acionista mais conservadora permite assegurar maior flexibilidade financeira, garantindo ainda assim um retorno atrativo de 6,2% por ação".
Apesar de classificar de conservadora, a Nos vai entregar aos acionistas todos os lucros que obteve no ano passado. O "payout" de 100% compara com os 128% do ano passado e com a estratégia passada de pagar aos acionistas remunerações acima dos lucros obtidos.
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Hoje, oito bancos de investimento refizeram a sua cobertura da empresa. No entanto, nenhuma delas fez alterações ao preço-alvo ou à recomendação. Ainda assim, o cenário mais otimista foi pintado pelo Caixa BI, que reiterou um preço-alvo de 6,60 euros por ação para a empresa, o que lhe confere um ganho potencial de 48,11%.
A empresa liderada por Miguel Almeida fechou a sessão a cair 7,14% para os 4,138 euros por ação. Este ano, as ações da Nos desvalorizaram 14,63%.
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