PSI-20 despede-se em alta de Outubro. Mas fecha o pior mês desde o Brexit

A bolsa nacional fechou a última sessão do mês em terreno positivo, mas o balanço não é risonho: acumula uma descida superior a 6% em Outubro, o seu pior mês desde Junho de 2016.
bolsa lisboa euronext
Pedro Catarino/CM
Rita Faria 31 de Outubro de 2018 às 16:44

A bolsa nacional encerrou em alta esta quarta-feira, 31 de Outubro, pela terceira sessão consecutiva, com o PSI-20 a valorizar 0,48% para 5.030,71 pontos. Das 18 empresas que compõem o principal índice nacional, 12 encerraram em alta, três em queda e três inalteradas.

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Apesar da subida registada na sessão de hoje, o balanço do mês de Outubro é negativo para a bolsa nacional: o PSI-20 acumulou uma descida de 6,13%, o seu pior mês desde Junho de 2016 (marcado pelo referendo do Brexit no Reino Unido), em que desvalorizou 10,17%.

Na Europa, os ganhos da sessão de hoje são mais expressivos, com todas as praças, à excepção de Atenas e Milão, a valorizarem mais de 1,5%, a aliviarem das fortes quedas recentes e dos resultados trimestrais das empresas.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, valoriza 1,78% para 361,86 pontos, mas acumula uma descida de 5,56% em Outubro, a mais pronunciada desde Janeiro de 2016.

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Em Lisboa, o BCP e a Galp Energia foram as cotadas que mais impulsionaram o PSI-20. Depois de já ontem ter valorizado 4%, o banco liderado por Miguel Maya somou 4,02% para 23,82 cêntimos, a beneficiar das estimativas reveladas ontem pelo BPI que apontam para uma forte subida dos lucros do BCP no terceiro trimestre. De acordo com os analistas do BPI, o resultado líquido do BCP terá mais do que duplicado entre Julho e Setembro, em termos homólogos, subindo de 43 para 93 milhões de euros.

Já a Galp Energia somou 2,77% para 15,395 euros, destacando-se no sector da energia. A EDP Renováveis ganhou 1,40% para 7,94 euros, a EDP desceu 0,19% para 3,104 euros e a REN somou 1,03% para 2,354 euros.

A contribuir para os ganhos do PSI-20 estiveram ainda a Pharol, que disparou 4,72% para 15,52 cêntimos, e os CTT, que ganharam 1,80% para 3,39 euros.

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Por outro lado, a travar uma maior subida do PSI-20 esteve sobretudo a Jerónimo Martins. A retalhista desceu 5,69% para 10,86 euros, depois de ter chegado a afundar um máximo de 7,47% para 10,655 euros, o valor mais baixo desde Janeiro de 2016, com as acções a reagiram aos resultados abaixo do esperado.

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