PSI contraria Europa com tombo de quase 12% dos CTT

Apesar do dia positivo na Europa, com o avanço nas negociações comerciais globais, o índice de referência nacional fechou a sessão no vermelho pressionado pela queda acentuada dos correios.
Vítor Chi
Pedro Barros Costa 09 de Maio de 2025 às 16:58

A bolsa de Lisboa fechou a última sessão da semana no vermelho, contrariando os ganhos das principais praças europeias, animadas pelo acordo comercial EUA-Reino Unido e pelo início das negociações entre norte-americanos e chineses.

O índice de referência nacional, o PSI, desceu 0,52% para 6.988,05 pontos, com seis dos seus 15 títulos no vermelho, interrompendo quatro sessões de ganhos.

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Os CTT pressionaram o índice, com um tombo de 11,92% para 6,80 euros, no seguimento da apresentação de resultados na quinta-feira, em que os correios reportaram uma quebra de 25,9% nos lucros em relação ao período homólogo. A queda da cotada foi a pior desde novembro de 2017.

Os pesos pesados Jerónimo Martins e BCP também pressionaram, com quedas de mais de 1%. O banco recuou 1,01% para 0,5896 euros, enquanto a retalhista corrigiu os ganhos de mais de 5% da sessão anterior, cedendo 1,15% para 22,32 euros. Isto apesar de os resultados positivos terem levado uma série de casas de investimento a reverem em alta o "target" da cotada.

Também em reação aos resultados, a Navigator recuou 1,84% para 3,302 euros, pressionada por uma queda de 24,6% nos lucros trimestrais.

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Outra das empresas que reportou resultados na quinta-feira, a REN, desceu 4,23% para 2,715 euros, numa correção técnica por ter entrado em ex-dividendo. Sem este fator, teria recuado apenas 0,91%, apesar de o lucro trimestral da REN ter quase quadruplicado para 14,4 milhões.         

Do lado dos ganhos, destaque para o grupo EDP. A casa-mãe liderou as subidas ao acelerar 2,26% para 3,264 euros, depois de, esta sexta-feira, ter reportado um aumento de 21% nos lucros para 428 milhões no primeiro trimestre.

Já a Renováveis, valorizou 1,60% para 8,23 euros, apesar de, na quinta-feira, ter apresentado uma queda de 24% nos lucros para 52 milhões de euros até março.

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Ainda na energia, destaque para a Galp, que somou 1,31% para 13,93 eurosem dia de assembleia-geral da empresa, e numa altura em que os preços do petróleo sobem nos mercados internacionais.

 

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