A EDP Renováveis terminou o primeiro trimestre de 2025 com lucros de 52 milhões de euros, o que equivale a uma quebra de 24% face aos 68 milhões de euros registados em igual período do ano passado, informou a empresa na manhã desta quinta-feira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Quanto ao EBITDA (lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização) atingiu os 476 milhões de euros, mais 5% do que os  454 milhões do primeiro trimestre de 2024.

"Ao nível do resultado líquido, há um impacto de menos 13 milhões de itens não recorrentes, na linha de Depreciações e Amortizações, relacionado com a depreciação acelerada do projeto eólico Meadow Lake IV nos EUA, com um plano de re-potenciação em curso", explica a elétrica no mesmo comunicado.

Em termos recorrentes, a elétrica informa que o EBITDA recorrente da EDPR aumentou 5% em termos homólogos para 477 milhões no primeiro trimestre de 2025, não incluindo os ganhos de rotação de ativos somados no período (face aos 58 milhões de ganhos de rotação de ativos no primeiro trimestre de 2024). A EDPR tem pendentes duas transações de rotação de ativos em Espanha e nos EUA, com acordos já assinados, cuja conclusão é esperada antes do verão

Excluindo os ganhos de rotação de ativos, o EBITDA recorrente aumentou 20% (ou mais 81 milhões) por comparação com os meses de janeiro a março de 2024. 

O braço da EDP para as renováveis refere ainda que este resultado foi impulsionado por um crescimento de 5% nas vendas de eletricidade (com a produção a aumentar 10% e preço médio de venda a cair 5%, em termos homólogos). Soma-se ainda um aumento de 41 milhões nos proveitos de parcerias institucionais nos EUA (produção cresceu 20% em termos homólogos e a capacidade instalada subiu 1,5 GW nos EUA), uma maior eficiência operacional (com custos operacionais ajustado/MW médio de -9% face primeiro trimestre de 2024) e outros custos operacionais líquidos mais baixos face ao período homólogo.

Já o resultado líquido recorrente foi de 66 milhões de euros de janeiro a março. "Excluindo ganhos de rotação de ativos, o resultado líquido recorrente subjacente aumentou 44 milhões frente ao primeiro trimestre de 2024 (triplicando em termos homólogos), impulsionado pelo referido crescimento de 20% do EBITDA recorrente subjacente, menores resultados atribuíveis a interesses não controlados, parcialmente anulados por um maior nível de amortizações e custos financeiros", justifica a EDPR.

Em termos de investimento bruto, este totalizou 600 milhões no primeiro trimestre de 2025 (-17% em termos homólogos), com mais 80% investido na Europa e América do Norte, "refletindo o foco contínuo da EDPR nos seus mercados principais de baixo risco". Os investimentos líquidos de expansão diminuíram 9% em termos homólogos para 900 milhões, principalmente devido ao menor investimento face ao primeiro trimestre do ano anterior e 74 milhões de proveitos de Tax Equity.

A dívida líquida totalizou 8,9 mil milhões, um aumento de 600 milhões face a dezembro de 2024, refletindo os investimentos em caixa feitos no período, parcialmente compensados por uma geração de fluxo de caixa orgânico mais forte de 81 milhões frente ao mesmo período do ano anterior.

No que diz respeito ao dividendo, a EDPR diz que "após o sucesso dos últimos dois programas de Scrip Dividend, a EDPR anunciou a sua intenção de continuar a oferecer aos seus acionistas este mecanismo de remuneração, ajudando a sustentar uma maior opcionalidade em termos de rendimento para os seus acionistas.

"Para o Scrip Dividend de 2025, as ações da EDPR ficaram sem-direitos a 16 de abril de 2025 e os acionistas tiveram as opções entre receber novas ações bônus (1 ação bônus por 90 direitos de incorporação), receber um montante de €0,084 por direito de incorporação, ou uma combinação de ambas as opções. A liquidação dos direitos de incorporação vendidos à EDPR está prevista ocorrer a 12 de maio de 2025 e a emissão das novas ações da EDPR e sua admissão à negociação a 14 de maio de 2025".