Bolsa nacional sobe 3,46% na semana
A banca esteve entre os desempenhos mais expressivos, pela positiva. A única excepção foi o Banif, que ficou entre os três títulos vermelhos na semana, a recuar 0,84%. Isto depois de reportar perdas em 2013, apesar de serem menores do que no ano precedente.
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Após três anos de prejuízos, incluindo em 2013, banqueiros e analistas antecipam para 2014 o ano de viragem para a banca, estimando que deverá regressar aos lucros.
A contribuir para a subida das acções do sector bancário esta semana esteve a queda das taxas de juro implícitas nas obrigações portuguesas, que beneficiaram da expectativa de descida de juros na Zona Euro, o que acabou por não acontecer, já que o BCE na quinta-feira se decidiu por não mexer nos juros. No entanto, Mario Draghi deixou no ar a possibilidade de voltar a cortar o valor do dinheiro, na reunião de Março, devido aos actuais níveis da taxa de inflação.
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O BCP foi o título do sector financeiro – e também do próprio PSI-20 – que mais valorizou na semana, a somar 12,41%. Isto apesar da queda de 1,37% na sexta-feira. O banco liderado por Nuno Amado apresentou na segunda-feira, 3 de Fevereiro, os resultados relativos a 2013, tendo reportado um prejuízo de 740,5 milhões de euros. Foi no entanto um resultado melhor do que o previsto pelos analistas contactados pela Bloomberg.
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Durante a conferência da imprensa, Nuno Amado assinalou que o banco pretende regressar aos lucros no segundo semestre de 2014. Além disso, revelou ainda que o banco espera devolver, no primeiro semestre de 2014, 400 milhões de euros do apoio estatal feito através da subscrição de instrumentos de capital contingente ("CoCos"), menos 100 milhões de euros do que estava inicialmente previsto.
O BPI, por seu lado, fechou a semana com um ganho de 4,11%. O BES, que apresenta resultados a 13 de Fevereiro, também fechou a semana no verde, com uma apreciação de 3,45%. Isto numa semana em que o Negócios deu a conhecer que a avaliação dos activos do Grupo Espírito Santo (GES) estava na mira do Banco de Portugal. O BdP pediu uma auditoria externa à Espírito Santo Internacional (ESI) - uma holding que detém participações no GES - devido ao endividamento da ESI, que nos últimos anos se financiou através da emissão de papel comercial, vendido aos balcões do BES, a investidores institucionais e a retalho].
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Além disso, o Negócios escreveu também esta semana que o Grupo Espírito Santo está agora menos dependente da família e que o BES está entre os bancos – de par com o BCP e a CGD – mais expostos às PPP.
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Esta sexta-feira foi dia de o grupo BES estar uma vez mais no centro das atenções, já que foram apurados os resultados da oferta pública de venda da ES Saúde. A empresa atraiu 2.800 investidores, 60 dos quais institucionais e responsáveis por 80% da operação. O preço a que as acções se vão estrear em bolsa, no próximo dia 12 de Fevereiro, foi fixado em 3,20 euros, o valor mais baixo do intervalo definido no início da operação. O preço final, que já tinha sido avançado pelo Negócios, foi confirmado em comunicado à CMVM. Com base neste valor, a OPV garante um encaixe bruto de 150 milhões de euros.
Nas telecomunicações, todo o sector encerrou em alta no conjunto da semana. A Portugal Telecom, que foi a cotada com a terceira melhor “performance” da semana, somou 4,75% nas cinco sessões. Esta sexta-feira subiu 4,24%, para 3,42 euros, no dia em que foi noticiado que a Oi já tem bancos a captar investidores para aumento de capital. De acordo com a "Folha de São Paulo", o Banco Espírito Santo e a Caixa Geral de Depósitos estão entre o grupo de bancos escolhidos para a captação no mercado de capital para a Oi. A tomada firme do aumento de capital por doze bancos garante o sucesso do aumento de capital.
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Hoje o Negócios divulgou também que a PT já está a pedir autorização aos obrigacionistas para avançar com a fusão com a Oi, nomeadamente para passar a titularidade das obrigações para a PT Portugal, que é a empresa que integrará o grupo Oi. A assembleia-geral para os obrigacionistas foi convocadas para o próximo dia 3 de Março. Esta AG deve anteceder a dos accionistas, que aprovará a integração dos activos da PT na Oi.
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A Sonaecom, por seu turno, avançou 2,10%, e a Zon Optimus registou um ganho acumulado de 2,09%.
Na energia, a tendência foi mista. Do lado das subidas, a REN foi a cotada que teve o melhor desempenho, a valorizar 4,97%, seguida da EDP, que pulou 0,43%.
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Ainda no mesmo sector, e a encerrarem em baixa semanal, estiveram a EDP Renováveis, a ceder 0,54%, e a Galp Energia, que recuou 0,87%.
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Na distribuição, tanto a Jerónimo Martins como a Sonae ganharam terreno, a subirem 4,29% e 4,70%, respectivamente.
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