Wall Street em alta após alívio com inflação

Os dados da inflação de Fevereiro retiram pressão sobre a Reserva Federal para subir juros de forma rápida, o que está a ser bem recebido em Wall Street. A demissão de Tillerson está a travar o sentimento positivo.
wall street bolsa operadores mercados
Reuters
Nuno Carregueiro e Rita Faria 13 de Março de 2018 às 13:47

As bolsas norte-americanas abriram em alta, com os investidores animados com o aguardado relatório da inflação nos Estados Unidos em Fevereiro, que retiram pressão para a Reserva Federal acelerar o aumento de juros.

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O Dow Jones ganha 0,37% para 25.271,27 pontos e o S&P500 valoriza 0,55% para 2.798,15 pontos. O Nasdaq, que atingiu máximos históricos nas últimas sessões, está a ganhar 0,47% para 7.623,89 pontos.

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O crescimento dos preços nos Estados Unidos abrandou em Fevereiro, devido à descida dos preços dos combustíveis e das rendas, revelou o Departamento do Trabalho esta terça-feira, 13 de Março.

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Os dados são conhecidos depois de os receios em torno da inflação e das suas consequências ao nível da política monetária terem provocado uma verdadeira tempestade nos mercados accionistas, no início do mês passado.

 

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De acordo com os números do Departamento do Trabalho, o índice de preços no consumidor subiu 0,2% em Fevereiro, depois do aumento de 0,5% registado no mês anterior. Em termos homólogos, o índice de preços cresceu 2,2%, depois da subida de 2,1% em Janeiro. Excluindo os preços mais voláteis da alimentação e da energia, o índice de preços passou de um crescimento de 0,3%, em Janeiro, para 0,2% em Fevereiro. Na comparação homóloga, a inflação subjacente [a chamada inflação "core"] voltou a fixar-se em 1,8%.

 

Os números divulgados ficaram, assim, em linha com as estimativas dos economistas - que já antecipavam um abrandamento no crescimento dos preços na maior economia do mundo – e contribuem para o alívio dos receios do mercado em torno de uma subida ainda mais acelerada dos juros da Fed. Ainda assim, a Reserva Federal olha para um índice de preços diferente – aquele que mede os preços dos gastos de consumo pessoal – que tem ficado abaixo da meta de 2% do banco central desde meados de 2012.

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De acordo com a Reuters, este relatório sobre a inflação mostra que a Reserva Federal tem poucas razões para subir os juros mais do que três vezes este ano.

  

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A travar maiores ganhos está mais um momento conturbado na Casa Branca, já que Donald Trump promoveu uma enorme mudança na equipa diplomática, demitindo Rex Tillerson de secretário de Estado e substituindo-o pelo até aqui director da CIA, Mike Pompeo.

 

O alívio dos investidores com o relatório da inflação está a ter maior peso na direcção das acções.

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Há outra decisão de Trump que também está a mexer nos mercados, já que o presidente dos Estados Unidos decidiu bloquear a oferta de compra de 142 mil milhões de dólares da Qualcomm por parte da companhia de Singapura Broadcom. As acções da fabricante de microprocessadores norte-americana estão a recuar 2,47% para 61,26 dólares.

 

A impulsionar os índices estão as acções da Intel, Johnson & Johnson e Caterpillar, com ganhos acima de 1%.

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(Notícia em actualização)

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