Wall Street em alta com corte de juros a prometer impulsionar economia. Nasdaq bate recorde
Os analistas parecem afastar um cenário de recessão económica, apesar dos dados mais fracos da criação de emprego nos EUA, com a aposta do mercado no corte das taxas de juro pela Reserva Federal na reunião deste mês a prometer trazer bons ventos para Wall Street e impulsionar a "corporate America". Um cenário que, apesar de ainda não ser 100% certo, já anima as bolsas norte-americanas, que terminaram a primeira sessão desta semana em alta.
O tecnológico Nasdaq Composite somou 0,45% para 21.798,70 pontos, um novo máximo de fecho, depois de também durante a sessão ter tocado num novo máximo histórico nos 21.885,62 pontos. O S&P 500 subiu 0,21% para 6.495,15 pontos, enquanto o industrial Dow Jones ganhou 0,25% para 45.514,95 pontos.
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O mercado aguarda por mais dados económicos que serão divulgados ao longo desta semana, nomeadamente os índices de preços no consumidor e no produtor, que deverão mostrar quanto espaço a Fed tem para apoiar o mercado de trabalho, ainda que se antecipe dados que reflitam que o progresso na redução da inflação estagnou.
"Após os números fracos da criação de emprego da semana passada, será necessária uma grande surpresa positiva nos dados da inflação desta semana para impedir um corte nas taxas da Fed", disse Chris Larkin, do Morgan Stanley, à Bloomberg.
Esta terça-feira, o Departamento de Estatísticas do Trabalho vai divulgar a revisão preliminar da criação de emprego para o ano até março, esperando-se outra revisão em baixa. O relatório deverá mostrar que o mercado de trabalho estava a enfraquecer bem antes da recente desaceleração no crescimento do emprego, fortalecendo a ideia dos responsáveis da Reserva Federal, que sinalizaram que as preocupações estão a mudar dos riscos da inflação - à boleia das tarifas - para a fraqueza do mercado de trabalho.
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“No entanto, ainda não estamos fora de perigo com a inflação, e a Fed pode fazer um corte 'hawkish’ enquanto lembra aos investidores o seu duplo mandato [controlar a inflação e estabilizar o mercado de trabalho], especialmente se a inflação continuar a afastar-se cada vez mais da sua meta”, explicou Megan Horneman, da Verdence Capital Advisors.
Entre os principais movimentos de mercado, a EchoStar, cotada no Nasdaq, disparou quase 20% após a empresa ter anunciado que a SpaceX, liderada por Elon Musk e proprietária da rede de satélites Starlink, vai comprar licenças de espectro de telecomunicações à EchoStar, num negócio avaliado em 17 mil milhões de dólares (cerca de 14,5 mil milhões de euros ao câmbio atual). Já a Tesla recuou mais de 1%.
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