Wall Street em queda antes das contas das "megacaps"
As contas do último trimestre das "sete magníficas" vão arrancar num momento crítico para Wall Street. Os principais índices norte-americanos terminaram a sessão mergulhados no vermelho, pressionados, sobretudo, pelas ações do setor tecnológico, que liderou as perdas no S&P500 esta sexta-feira.
A reviravolta nas tecnológicas levou a que terminassem a semana com perdas de 5%, mais acentuadas nas fabricantes de semicondutores - a Nvidia desvalorizou 2,61% e a Intel 5,42%.
PUB
"A próxima semana é importante para a trajetória a curto prazo dos lucros das ações, com a apresentação de contas de muitas das gigantes de tecnologia", explicou Glen Smith, da GDS Wealth Management, à Bloomberg. "Se se assistir à combinação de lucros tecnológicos e ao abrandamento da inflação, poderia reverter-se a recente baixa no mercado e desencadear uma nova etapa de ganhos", acrescentou.
A Tesla e a Alphabet darão o pontapé de saída para os resultados trimestrais das maiores cotadas. Na semana seguinte é a vez da Microsoft, Meta Platforms, Amazon e a Apple.
Uma atualização de software mal feita pela empresa de cibersegurança CrowdStrike fez cair inúmeros sistemas informáticos da Microsoft, prejudicando as ações das duas empresas: derraparam 11,10% e 0,7%, respetivamente.
PUB
O S&P 500 deslizou 0,7% para 5.505,00 pontos, tendo sofrido a maior queda semanal (1,97%) desde abril. Já o tecnológico Nasdaq Composite caiu 0,8% para 17.726,94 pontos. O industrial Dow Jones perdeu 0,93% para 40.287,53 pontos.A queda também se alastrou a outros setores. A American Express caiu 2,74%, depois de alertar para o aumento das despesas de marketing a par de uma desaceleração no crescimento da faturação.
A Netflix derrapou 1,51%, apesar de a gigante de "streaming" superar previsões de lucros, receitas e subscritores.
Além de uma série de lucros na próxima semana, os investidores estarão atentos aos principais relatórios económicos dos EUA, na esperança de que a Reserva Federal mantenha viva a hipótese de um corte das taxas de juro em setembro.
PUB
Mais lidas
O Negócios recomenda