Wall Street fecha sem rumo definido. Nvidia atinge novo máximo histórico

Os principais índices fecharam entre ganhos e perdas, à medida que os investidores pesaram as declarações do presidente da Fed sobre o impacto económico das tarifas com um atenuar das tensões no Médio Oriente. A Nvidia já negoceia acima dos 154 dólares por ação.
Wall Street fecha sem rumo
AP
João Duarte Fernandes 25 de Junho de 2025 às 21:13

Os principais índices norte-americanos encerraram a sessão desta quarta-feira entre subidas e descidas. A veloz recuperação de Wall Street após o colapso dos mercados bolsistas em abril está a mostrar alguns sinais de exaustão, sobretudo devido à incerteza económica e geopolítica.

O S&P 500 manteve-se inalterado nos 6.092,16 pontos, enquanto o Nasdaq Composite somou 0,31% para 19.973,55 pontos. Já o Dow Jones perdeu 0,25% para 42.982,43 pontos.

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Durante o dia, os investidores mantiveram-se atentos ao norte-americana, Jerome Powell, junto do Congresso e do Senado, depois de os decisores de política monetária terem

Powell disse que o banco central dos Estados Unidos (EUA) ainda está a lutar para conseguir determinar o impacto das tarifas sobre os preços ao consumidor. A par disso, referiu que os EUA têm a economia mais forte do mundo e que faz sentido agir lentamente em tempos de incerteza.

"Haverá alguma inflação com as tarifas a chegar", disse Powell, após questões de membros do Comité Bancário do Senado. Powell observou que as taxas provavelmente custariam centenas de milhares de milhões de dólares anualmente e "parte disso recairá sobre o consumidor", sendo que estão "apenas a aguardar para ver mais dados".

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“Se não fosse a incerteza criada pela mudança da política comercial, a Fed poderia ter conseguido reduzir as taxas de juro este verão”, afirmou à Bloomberg Carol Schleif, da BMO Private Wealth. "A pausa da Fed nos cortes das taxas de juros é induzida por tarifas e não reflete necessariamente o progresso económico. Esperamos um ou dois cortes em 2025, começando muito provavelmente em setembro", acrescentou Schleif.

No plano geopolítico, o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os EUA vão reunir-se com o Irão na próxima semana, numa altura em que os mercados parecem, para já, ter posto de lado um agravamento das tensões no Médio Oriente.

“Os mercados estão a avaliar que o pior do conflito Irão-Israel já passou” e “as tarifas, o comércio, os impostos, a inflação, o emprego e as taxas de juro têm muito mais influência sobre as ações neste momento”, defendeu ainda Carol Schleif.

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Entre os movimentos do mercado, a FedEx fechou o dia a ceder mais de 3%, depois de a empresa ter avisado que os seus lucros seriam piores do que o esperado neste trimestre. Já a fabricante dos cereais Cheerios, a General Mills, apresentou um "guidance” para o próximo ano fiscal que ficou aquém das expectativas do mercado, fator que levou a empresa a perder mais de 5% na sessão.

Quanto às “big tech”, a Nvidia foi o grande destaque. A gigante produtora de semicondutores subiu mais de 4% e atingiu um novo máximo histórico nos 154,31 dólares por ação. Já a Alphabet somou 2,24%, a Amazon perdeu 0,37%, a Microsoft avançou 0,44%, a Meta desvalorizou 0,49% e a Apple ganhou 0,63%.

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