Wall Street vacila. Verão de Powell aquece mais que o tecto da dívida
Wall Street fechou a sessão em terreno negativo, num dia em que as "yields" da dívida norte-americana aliviaram, depois de alguns membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana terem sinalizado a possibilidade de uma pausa na subida da taxa dos fundos federais na próxima reunião do banco central agendada para junho.
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O industrial Dow Jones desvalorizou 0,41% para 32.908,27 pontos, enquanto o Standart & Poor’s 500 (S&P 500) recuou 0,61% para 4.179,83 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite cedeu 0,63% para 12.935,29 pontos.
Entre os setores que centraram atenções e pesaram mais no sentimento, destacou-se a banca, depois de a agência federal responsável por assegurar os depósitos nos EUA (FDIC), ter dado conta de que houve um aumento dos bancos com vulnerabilidade aumentou no primeiro trimestre.
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No mercado de dívida, a "yield" das obrigações a dois anos – mais sensível aos movimentos da Fed – subtraiu 4,7 pontos base para 4,403%.
Os juros da dívida a dez anos aliviaram 4,8 pontos base para 3,639%, um movimento seguido pelas "yields" das obrigações em todas as maturidades.
O governador Philip Jefferson sinalizou que a Fed pode fazer uma pausa da subida dos juros em junho, de forma a dar mais tempo aos membros do Comité Federal de Mercado Aberto para avaliar a evolução económica.
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Em linha com esta ideia, o presidente do banco central em Filadélfia afirmou que "podemos saltar a próxima reunião".
Os investidores estiveram ainda expectantes face à decisão que pode ser tomada sobre o aumento do tecto da dívida dos EUA. O projeto de lei será votado esta quarta-feira na Câmara dos Representantes (estando previsto para as 20h30 locais [1h30 de quinta-feira em Lisboa]), faltando depois o Senado - isto com o Congresso a apressar-se de forma a evitar um "default" dos EUA, previsto para 5 de junho pelo Tesouro do país, caso as novas normas sobre o "debt ceiling" não entrem em vigor.
Os investidores estiveram atentos às ações da Hewllet Packard Enterprise, que escalaram mais de 7% - animadas pelo "guidance" para este trimestre acima das estimativas dos analistas.
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Já a American Airlines subiu mais de 1%, após ter aumentado as perspetivas de lucro para este ano.
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