Dados económicos impulsionam Wall Street. S&P 500 bate novo recorde
Os principais índices dos EUA fecharam a sessão com ganhos, impulsionados por dados do mercado laboral e das vendas a retalho no país, num dia em que o S&P 500 registou novos máximos. A divulgação de resultados das cotadas continua a "todo o gás", com a Netflix a apresentar contas após o fecho.
Os principais índices norte-americanos encerraram a sessão desta quinta-feira em alta, depois de sinais de que a maior economia do mundo está a conseguir manter-se “à tona” terem alimentado o sentimento positivo dos investidores. O S&P 500 atingiu novos máximos históricos.
O S&P 500 subiu 0,54% para um novo máximo de fecho nos 6.297,36 pontos, o Dow Jones avançou 0,52% para 44.484,49 pontos e o Nasdaq Composite somou 0,74% para 20.884,27 pontos.
No plano económico, as vendas a retalho nos Estados Unidos (EUA) registaram um avanço generalizado, atenuando algumas preocupações quanto a uma contenção dos gastos dos consumidores. As vendas a retalho no país aumentaram 0,6% em relação ao mês anterior em junho, superando as expectativas do mercado de uma subida de 0,1%.
Além disso, dados do mercado laboral mostraram que os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA diminuíram pela quinta semana consecutiva para o nível mais baixo desde meados de abril. Em concreto, caíram em 7 mil pedidos na semana terminada a 12 de julho em relação à semana anterior para 221 mil. O valor ficou, também, abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para um aumento em 8 mil pedidos iniciais de subsídio de desemprego, para um total de 235 mil.
“Enquanto a economia continuar a expandir-se e o desemprego se mantiver baixo, as pessoas continuarão a gastar e [as empresas poderão] continuar a gerar lucros mais elevados, o que constitui o motor para a subida dos preços das ações”, afirmou à Bloomberg Chris Zaccarelli da Northlight Asset Management.
No que concerne à política monetária, a presidente do banco central de São Francisco, Mary Daly, referiu que é razoável que os responsáveis da Fed planeiem dois cortes nas taxas de juro este ano, sublinhando que o banco central não deve esperar demasiado tempo antes de agir. Entretanto, a governadora da Fed Adriana Kugler disse que a autoridade deve manter as taxas “durante algum tempo”, citando a aceleração da inflação à medida que se começa a sentir o impoacto das tarifas nos preços.
“Se as tarifas começarem a pesar sobre os gastos do consumidor nos próximos meses, isso poderá apresentar riscos no segundo semestre do ano”, explicou à Bloomberg Bret Kenwell da eToro. “Por enquanto, porém, os consumidores continuam a gastar - e as ações podem continuar a subir, sobretudo se os lucros refletirem a força subjacente contínua do maior motor da América: o consumidor”, acrescentou o especialista.
Nesta linha, a época de resultados das cotadas norte-americanas prossegue a todo o gás, com a Netflix, que apresenta resultados após o fecho de Wall Street, a centrar a atenção dos investidores.
Entre os movimentos do mercado, a PepsiCo subiu mais de 7%, depois de ter mantido o seu “outlook” para o ano na apresentação de contas trimestrais, enquanto registou um crescimento das vendas que superou as estimativas do mercado, citando um forte crescimento internacional.
Já as tecnológicas foram impulsionadas pelo “outlook” positivo e resultados fortes da Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC), o que reforça a confiança dos investidores nos gastos com inteligência artificial. Entre as “big tech”, a Nvidia ganhou 0,95%, a Alphabet subiu 0,51%, a Amazon valorizou 0,31%, a Microsoft somou 1,20%, a Meta recuou 0,21% e a Apple deslizou 0,067%.
Notícia atualizada às 21:13 com mais informação.
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