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Impresa mais do que duplica valor em bolsa com possível entrada da família Berlusconi

As ações do grupo Impresa estiveram, pela segunda vez, suspensas nesta segunda-feira, mas já retomaram a negociação. Há mais de seis anos que o volume transacionado não atingia o montante de hoje.

Francisco Pedro Balsemão sucedeu ao seu pai na liderança do grupo Impresa.
Francisco Pedro Balsemão sucedeu ao seu pai na liderança do grupo Impresa. Duarte Roriz
29 de Setembro de 2025 às 10:26

As ações do grupo Impresa dispararam mais de 103% esta segunda-feira, após terem estado suspensas à negociação por . Em causa está a notícia do final da semana passada, que dava conta de que o grupo italiano MediaForEurope (MFE), controlado pela família Berlusconi, tinha colocado a dona da SIC e do Expresso no seu .

Depois veio a confirmação – a Impresa assumia as negociação com a MFE . Já este domingo, num novo comunicado enviado à CMVM, o  e que por agora só existem negociações com o grupo italiano e que são exclusivas com este potencial investidor.

Na retoma à negociação os títulos da Impresa chegaram a disparar 103,17% para 0,256 euros - o valor mais elevado desde abril de 2022. O volume de negociação, de 11,3 milhões de ações trocadas, o equivalente a 6,7% do capital, apenas se aproxima de valores registados em janeiro de 2014. Já face ao "free float", ou seja, capital disperso em bolsa, a movimentação ascende a 9%. A mais recente valorização leva a dona da SIC e do Expresso a valer mais de 41,3 milhões de euros em capitalização bolsista, mais 20,2 milhões de euros face ao valor de fecho de sexta-feira, em torno de 21 milhões.

Entretanto, por terem atingido os limites de variação em relação ao preço de referência, a Euronext congelou a negociação das ações pelas 11:45 horas. Este é um procedimento automático que acontece a cada variação superior a 10% face ao preço de referência, ou seja, caso haja valorizações desta magnitude, os investidores devem esperar esse período de congelamento, habitalmente de dois minutos. Pelas 11:55 horas, a negociação tinha sido novamente retomada. Com a expressiva subida desta segunda-feira a Impresa mais do que duplica o seu valor em bolsa desde o início do ano, somando uma valorização de 110,91%.

Horas antes, as ações estiveram suspensas, mas por ordem da CMVm, que justificou o motivo da suspensão das ações. "O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou no dia 26/set/2025 pelas 19:40 (UTC), nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários, a suspensão da negociação das ações Impresa - SGPS, SA, para permitir ao mercado absorver a informação entretanto divulgada". A suspensão foi levada pelas 10:12 horas de Lisboa.

O interesse dos italianos da MFE na Impresa está alinhado com o reforço de portfólio do grupo  e acontece numa altura em que o grupo português está pressionado pelos resultados financeiros. Em julho, na apresentação de resultados, a Impresa revelou ter terminado a primeira metade do ano com , mais 27,1% do que os quatro milhões registados nos primeiros seis meses do ano passado.

Notícia atualizada pela última vez às 13:06 com novas cotações e mais informação

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