Japonesa Paypay quer entrar na bolsa dos EUA. Avaliação pode chegar aos dez mil milhões de dólares
A empresa de serviço de pagamentos terá como objetivo levantar dois mil milhões de dólares para elevar o seu valor de mercado. Entrada poderá acontecer até ao final do ano.
A maior empresa de serviço de pagamentos do Japão quer entrar na bolsa dos EUA. A Paypay, que tem o SoftBank como maior acionista, entrou com um pedido esta sexta-feira, de acordo com o Financial Times, e terá como objetivo levantar mais de dois mil milhões de dólares, o que poderá levar a que a avaliação da empresa ultrapasse os dez mil milhões de dólares.
O CEO do SoftBank, Masayoshi Son, explicou que a tecnológica terá já solicitado a admissão de "american depository receipts" (ADR) nos EUA, mas que ainda não há calendário, capital a dispersar ou preço por ação definidos. Fontes próximas disseram ao jornal britânico que a oferta pública inicial (IPO) poderia acontecer até ao final do ano e que a empresa poderá colocar à venda 20% do capital antes de reduzir de forma gradual a sua participação.
Há ainda planos de entrar na bolsa do Japão, mas a empresa não avançou grandes detalhes. Mesmo com a possível entrada em Wall Street, a Paypay continuará a ser subsidiária do SoftBank, que detém cerca de 34% do capital.
A entrada em Wall Street terá também como objetivo ajudar a financiar os investimentos do SoftBank em inteligência artificial (IA), área onde o CEO Masayoshi Son tem investido de forma significativa. A multinacional japonesa comprometeu-se a investir 500 mil milhões de dólares no projeto Stargate, para expandir os centros de dados e a infraestrutura de inteligência artificial nos EUA, em parceria com a OpenAI, a Oracle e o fundo soberano MGX de Abu Dhabi.
O SoftBank está também a "surfar" para outras áreas, como os semicondutores. A empresa está a reforçar a sua capacidade no design e produção de "chips", através de participações na gigante norte-americana Nvidia e a maior fabricante do mundo, a taiwanesa TSMC. A produção estará a acontecer no Reino Unido, nas instalações da Arm, que o SoftBank adquiriu em 2016.
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