Os principais índices norte-americanos fecharam a segunda sessão de junho em alta, apesar de uma abertura marcada pela incerteza, impulsionados pelos ganhos da Nvidia e das restantes ações do setor dos semicondutores. Os investidores continuam à espera de novos desenvolvimentos na política comercial de Donald Trump, numa semana marcada pelo encontro do Presidente dos EUA e do seu homónimo chinês, após trocas de acusações entre Pequim e Washington.

Num sinal de abertura, mas que demonstra uma vontade de atingir novos acordos o mais rápido possível, a administração norte-americana estabeleceu esta quarta-feira como data limite para os países apresentarem as suas melhores propostas comerciais à Casa Branca. "O facto de os EUA estarem tão ativamente envolvidos com tantos parceiros comerciais - China, Reino Unido, Japão e União Europeia - faz com que os investidores se sintam mais otimistas quanto à possibilidade de o país evitar uma recessão", explica Chris Zaccarelli, CIO da Northlight Asset Management, à Reuters. 

Entretanto, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, revelou que Trump vai assinar esta terça-feira um decreto que aumenta as tarifas sobre a importação de aço e alumínio de 25% para 50%. A duplicação das taxas aduaneiras sobre estes produtos tinha sido anunciada por Trump na madrugada de sábado passado, indicando que as tarifas entrariam em vigor a 4 de junho. Leavitt, contudo, não revelou se as novas taxas serão aplicadas já esta quarta-feira.

Neste contexto, o S&P 500 encerrou a valorizar 0,58% para 5.970,37 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite cresceu 0,81% para 19.398,96 pontos e o industrial Dow Jones aumentou 0,51% para 42.519,64 pontos. Apesar das valorizações mais recentes, que fizeram com que o "benchmark" da negociação norte-americana terminasse maio com o melhor saldo em um ano e meio, o S&P 500 continua 2,8% abaixo dos máximos atingidos em fevereiro.

O setor tecnológico esteve em destaque esta sessão, com o grande impulso a vir da Nvidia, que saltou 2,80% esta terça-feira. Já a Broadcom atingiu um novo recorde, encerrando com uma valorização de 3,27%, tendo chegado a tocar nos 257,88 dólares, depois de a empresa ter anunciado que já está a exportar o seu novo semicondutor que deverá acelerar o processamento de inteligência artificial.