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Paralisação do Governo dos EUA tira fulgor ao "rally" em Wall Street

Os três principais índices norte-americanos fecharam a sessão com valorizações modestas, no arranque de uma semana que será marcada pelos novos dados do mercado laboral.

Wall Street reage com cautela face a expectativas de juros mais altos
Wall Street reage com cautela face a expectativas de juros mais altos AP/Yuki Iwamura
29 de Setembro de 2025 às 21:14

O "rally" das bolsas norte-americanas está a perder gás. Wall Street terminou a primeira sessão da semana com ganhos modestos, numa altura em que o mercado pesa uma possível paralisação do Governo dos EUA já esta quarta-feira, que poderia adiar a divulgação dos números da criação de emprego, agendados para sexta-feira. 

Serão atualizados os dados da criação de emprego de setembro, o primeiro após o corte de juros feito pela Reserva Federal na mais recente reunião deste mês. O mercado vai analisar se a flexibilização monetária do banco central já surtiu efeito no mercado laboral estagnado.

Os especialistas antecipam que a maior economia do mundo tenha criado 50 mil novos empregos em setembro, enquanto a taxa de desemprego deverá ter ficado em 4,3%. Assim, os investidores esperam que o banco central desça os juros mais duas vezes até ao final do ano.

No entanto, há um impasse no Congresso entre republicanos e democratas sobre o orçamento norte-americano, o que levantou a possibilidade de uma paralisação a partir desta quarta-feira, o primeiro dia do ano fiscal de 2026 do Governo dos EUA, que pode adiar a divulgação dos dados e trazer mais incerteza para o mercado.

O S&P 500 avançou 0,26% para 6.661,21 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite somou 0,48% para 22.591,15 pontos. Já o industrial Dow Jones subiu 0,15% para 46.316,07 pontos. 

"Dada a importância do mercado de trabalho para as decisões de redução das taxas da Reserva Federal, o risco de que o relatório de emprego de setembro possa ser adiado pode aumentar a ansiedade do mercado em relação à direção da política monetária", disse Kathy Jones, estratega da Schwab à Bloomberg.

Para já, as atenções dos investidores vão para o relatório das vagas de emprego nos EUA - o JOLTS - divulgado esta terça-feira.  

O mercado está ainda a absorver o discurso da presidente da Fed de Cleveland, Beth Hammack, uma das autoridades mais agressivas do banco central. A responsável disse esta segunda-feira que a Fed precisa de manter uma política monetária restritiva para conter a inflação. 

Nos movimentos empresariais, a Electronic Arts (EA) subiu 5% a um consórcio apoiado pelo Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita, formado por Jared Kushner, genro de Trump, e a “private equity” Silver Lake. O negócio agora confirmado, que apenas deverá concluir no primeiro semestre de 2027, marca a maior saída de bolsa de uma empresa até agora.

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