S&P 500 e Nasdaq tocam novos recordes. Dow Jones fica fora dos ganhos
As bolsas norte-americanas terminaram a sessão em terreno positivo, exceto o índice industrial, num momento em que os investidores se mantém positivos com a "earnings season".
A "Corporate America" está aí. O início de uma semana repleta de resultados trimestrais das empresas norte-americanas deu ânimo à negociação em bolsa. Wall Street terminou a sessão no verde, à exceção do Dow Jones, que registou um ligeiro recuo, e o "benchmark" dos EUA, o S&P 500, chegou mesmo a atingir um novo máximo histórico de 6.336,08 pontos durante a sessão, antes de recuar nos ganhos - à semelhança do índice tecnológico Nasdaq Composite.
O S&P 500 acabou por ganhar 0,22% para 6.310,59 pontos - um novo recorde de fecho -, enquanto Nasdaq Composite somou 0,34% para 20.974,17 pontos, também máximos de fecho e, durante o dia, atingiu um máximo histórico de 21.077,37 pontos. Fora dos ganhos ficou o industrial Dow Jones, ao perder 0,04% para 44.323,07 pontos.
Os investidores vão estar atentos às contas das empresas para procurarem por impactos das tarifas dos EUA nos resultados - ou até mesmo por algum sinal de resiliência da economia norte-americana. Além de impactos, os analistas vão também tentar procurar "updates" das gigantes do mercado em investimento em inteligência artificial.
“A época de resultados entrará em pleno andamento esta semana e as perspetivas das empresas serão mais importantes do que o habitual”, afirmou Matt Maley da Miller Tabak, à Bloomberg. E acrescenta: “O 'guidance' vai ter de gerar um aumento muito grande nas estimativas de lucros, isto se o mercado quiser atingir alguns dos objetivos que existem em Wall Street.”
De acordo com a Wells Fargo Securities, o S&P 500 deverá atingir um aumento a dois dígitos na segunda metade do ano, impulsionado pela força resiliente das gigantes de tecnológia dos EUA. Já a UBS Global Wealth Management manteve a sua meta de 6.500 pontos para o S&P 500 até junho do próximo ano, recomendando o uso da "volatilidade como uma oportunidade para entrar nos mercados”. O Morgan Stanley recomenda ainda que os investidores ainda se mantenham otimistas quanto aos ativos norte-americanos, enquanto o Goldman Sachs afirmou que o arranque da época de resultados foi "sólido".
Os investidores aguardam também um acordo comercial entre os EUA e a União Europeia. O secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick, disse estar confiante para que os dois blocos cheguem a tréguas em breve. No entanto, o sentimento deste lado do Atlântico não é tão positivo e o bloco dos 27 está a explorar novas contramedidas Neste momento, os EUA ameaçam impor uma tarifa de 30% à importação de produtos europeus a partir de agosto.
O índice que agrega as sete magníficas subiu 1%, com a Tesla a perder 0,5% e a Alphabet a pular 2,8%. Já a Nvidia desceu cerca de 0,3%.
Já a Stellantis subiu 0,76% depois de ter divulgado prejuízos no primeiro semestre à boleia de despesas de reestruturação, uma quebra nas vendas e as tarifas dos EUA, que afetaram o setor automóvel.
Os investidores vão ainda estar atentos aos comentários do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, esta terça-feira, à procura de mais pistas sobre o próximo movimento do banco central, sobretudo depois dos sinais mistos da inflação da semana passada.
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