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Wall Street avança após garantias da Fed sobre a economia

Numa sessão marcada pela decisão de política monetária do banco central, os principais índices fecharam no verde, depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter garantido que a economia continua sólida apesar da guerra comercial de Trump.  

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wall street bolsa mercados traders Peter Morgan/AP
07 de Maio de 2025 às 21:17

As ações dos EUA fecharam em alta esta quarta-feira, numa sessão marcada pelo final da reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed), que Jerome Powell aproveitou para garantir que a economia norte-americana continua sólida, apesar da guerra comercial iniciada pela Administração Trump.

O abrangente índice S&P 500 avançou 0,43% para 5.631,27 pontos, o industrial Dow Jones ganhou 0,70% para 41.113,97 pontos e o tecnológico Nasdaq avançou 0,27% para 17.738,16 pontos, depois de a Fed ter mantido as taxas de juro num intervalo entre 4,25% e 4,50%.

Contudo, o comunicado da Fed que menciona as incertezas económicas causadas pelas tarifas levou a que as ações tivessem vacilado antes das palavras de Powell em conferência de imprensa. Os responsáveis da Fed salientaram que veem um risco crescente de uma aceleração da inflação e uma subida do desemprego.

Por enquanto, com o desemprego ainda baixo e a procura estável, os responsáveis continuam confortáveis em manter as taxas até que tenham um melhor entendimento sobre a direção da economia em função dos desenvolvimentos das políticas comerciais e económicas da Administração Trump. Isto apesar das pressões do Presidente dos EUA tem feito sobre Powell para um corte dos juros.

"A Fed está satisfeita em manter-se em pausa até que haja dados económicos que a leve a alterar as taxas de juro", refere Greg Mcbride, da Bankrate, à Bloomberg. "Com a inflação já elevada e a dever aumentar, serão necessárias mais provas de um abrandamento do mercado de trabalho antes de a Fed retomar os cortes das taxas de juro."

Para que haja uma maior clareza sobre o "outlook" económico, será importante o desfecho das negociações entre os EUA e os principais parceiros comerciais. Contudo, Trump mantém-se intransigente, ao dizer esta quarta-feira que não está disposto a baixar antecipadamente as tarifas de 145% sobre a China para facilitar as negociações com a segunda economia mundial.

A rejeição de Trump surge poucos dias antes de o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante para o Comércio, se encontrarem na Suíça com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, que tem a pasta dos assuntos comerciais com os EUA. Trata-se do primeiro encontro oficial entre as duas partes desde que teve início a guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.

Entre os principais movimentos, a Alphabet, dona da Google, afundou mais de 7% depois de a Apple Inc. ter dito que está "ativamente a olhar" para uma reformulação do browser Safari nos seus dispositivos, acrescentando ferramentas de pesquisa baseadas em inteligência artificial (IA), perante a possível rescisão do acordo que tem com a Google, de acordo com um dos seus principais executivos.

Já a Disney disparou quase 11% após a apresentação de contas, em que os fortes resultados dos parques temáticos e do streaming de TV ajudaram o lucro da empresa a superar as estimativas.

A NVIDIA também valorizou, ganhando 3% depois de uma notícia da Bloomberg, já perto do final da sessão, dar conta de que a Administração Trump planeia reverter as restrições sobre os chips para IA impostas no final do mandato de Joe Biden.

 

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