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Wall Street entre perdas e ganhos em véspera de negociações EUA-China

Os investidores aguardam os resultados das negociações entre as duas maiores economias do mundo, mas o cenário está recheado de incerteza.

Trump NYSE Wall Street
Trump NYSE Wall Street Andrew Kelly/Reuters
09 de Maio de 2025 às 21:14

Os principais índices norte-americanos encerraram a derradeira sessão da semana sem rumo, apesar de até terem arrancado a negociação em alta, com os investidores otimistas em relação ao futuro comercial dos EUA. A euforia foi diminuindo ao longo do dia com os investidores a digerirem os comentários do Presidente do país, Donald Trump, que vê as tarifas à China diminuírem até aos 80%. "Parece-me [o nível] certo", afirmou o líder da maior economia do mundo.  

Apesar de ser uma redução expressiva do nível atual, com as importações chinesas a enfrentarem taxas aduaneiras de 145%, o valor é ainda bastante elevado e os investidores estão divididos sobre se Trump estará disposto a ceder mais ou não.

O S&P 500 encerrou a sessão a perder 0,07% para 5.659,91 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuou 0,29% para 41.249,38 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite terminou na linha de água, ao valorizar 0,004% para 17.928,92 pontos.

Os três índices terminaram a negociação do dia anterior em alta, com os mercados a reagirem de forma positiva ao anúncio de um acordo comercial entre os EUA o Reino Unido – o primeiro desde que Trump revelou as suas tarifas "recíprocas". 

"A China é o principal foco dos investidores e é neste país que as consequências serão maiores, devido às práticas comerciais entre Washington e Pequim nos últimos anos", começa por explicar Rusell Price, economista da Ameriprise, à Reuters. "[As negociações] podem dar para os dois lados, mas ao menos estão a ser feitas", conclui. Na quinta-feira, o Presidente norte-americano afirmou que espera desenvolvimentos substanciais com estas negociações. 

Ainda no campo comercial, a Reuters noticiou que a Índia está pronta para reduzir as taxas alfandegárias que os produtos norte-americanos enfrentam quando chegam ao país. Neste momento, as tarifas às exportações dos EUA cifram-se nos 13%, mas as autoridades indianas estão dispostas a baixar este valor para menos de 4%, de acordo com fontes citadas pela agência de notícias.   

No meio deste turbilhão comercial, as empresas continuam a apresentar resultados e, neste trimestre, 75% das empresas do S&P 500 que já revelaram as suas contas conseguiram ficar acima das expectativas do mercado. No entanto, uma boa parte decidiu suspender as suas previsões para o resto do ano, citando toda a incerteza que se vive com as tarifas.   

Entre as empresas que apresentaram resultados esta sexta-feira, a Lyft disparou 28,08% para 16,65 dólares, depois de ter visto as suas contas passarem do vermelho para o verde no primeiro trimestre do ano. A plataforma TVDE registou lucros de 2,6 milhões de dólares nos primeiros três meses do ano, quando no período homólogo tinha observado prejuízos de 31,5 milhões.   

Já a Pinterest cresceu 4,84% para 29,22 dólares, depois de a rede social ter revisto em alta as suas perspetivas de lucro para o atual trimestre, acalmando o nervosismo dos investidores em relação ao futuro da empresa.   

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