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Wall Street fecha melhor sessão desde maio depois de "sell-off" de sexta-feira

Os principais índices dos EUA encerraram a sessão com fortes valorizações, recuperando grande parte das perdas expressivas da passada sexta-feira. Diminuição das tensões comerciais entre Washington e Pequim, novos acordos na área da IA e um acordo no Médio Oriente impulsionaram o sentimento dos investidores.

Wall Street
Wall Street AP/Yuki Iwamura
21:13

Wall Street fechou a sessão de hoje com o S&P 500 a registar o melhor dia desde maio, depois de o , dia 10 de outubro, ter levado os mercados bolsistas norte-americanos a terem a sua pior sessão desde o “dia da libertação” de Trump, em abril.

Os investidores impulsionaram os principais índices do lado de lá do Atlântico, após tanto Pequim como Washington terem sinalizado a sua disposição para manter as negociações comerciais entre as duas potências vivas, enquanto um cessar-fogo em Gaza também contribuiu para a subida dos índices, a par da valorização das cotadas ligadas ao desenvolvimento da inteligência artificial (IA).

O S&P 500 avançou 1,56%, para os 6.654,72 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite somou 2,21% para os 22.694,61 pontos. Já o Dow Jones ganhou 1,29% para os 46.067,58 pontos.

No que toca às negociações entre as duas maiores economias mundiais, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse esta segunda-feira que ainda espera que Trump e Xi Jinping se encontrem durante este mês, ao mesmo tempo que alertou que todas as opções estão em aberto para retaliar contra a medida anunciada pela China. Isto já depois de Pequim ter sinalizado que com os EUA e evitar um escalar das tensões entre os dois blocos.

Nesta linha, parece haver “uma crença emergente de que se trata principalmente de táticas de negociação de ambos os lados”, escreveu à Bloomberg Jim Reid, do Deutsche Bank. “O mercado começará a precificar uma probabilidade razoável de um acordo assim que o choque inicial passar”, acrescentou o mesmo especialista.

Além disso, as cotadas ligadas à IA voltaram a dar impulso à negociação, num dia em que a OpenAI anunciou mais um acordo. Depois da Nvidia e da AMD, , em que a empresa de Sam Altman vai desenvolver o hardware para "desbloquear novos níveis de inteligência", num acordo avaliado em cerca de 10 mil milhões de dólares. As ações da Broadcom dispararam 9,88%.

Nesta linha, o Senado dos EUA aprovou a Lei GAIN AI que exige que fabricantes de chips, como a Nvidia e a AMD, “priorizem o atendimento à procura doméstica antes de exportar produtos para mercados estrangeiros, incluindo a China”, refere a XTB numa nota enviada ao Negócios - fator que ajudou à valorização de cotadas como a Intel (+2,34%), a Qualcomm (+5,33%), ou a Texas Instruments (1,99%).

E com o abrandamento das tensões comerciais e os investidores a deixarem de lado, para já, duma possível “bolha” entre as cotadas da tecnologia, as atenções viram-se agora para o início da apresentação de resultados de algumas das maiores instituições financeiras, com o JP Morgan e o Citi Group, entre outros, que divulgam resultados já esta terça-feira, 14 de outubro.

“Esta época de divulgação de resultados é importante para avaliar a saúde geral do mercado em alta. Os investidores irão examinar atentamente os resultados do setor tecnológico, uma vez que as despesas com IA e centros de dados estão cada vez mais a ser questionadas em termos de como estas despesas podem ou não estar a gerar lucros”, explicou à Bloomberg Richard Saperstein, da Treasury Partners.

Entre os movimentos do mercado, o JP Morgan ganhou mais de 2%, depois de ter prometido investir cerca de 1,5 biliões de dólares em setores que reforçam a segurança e a resiliência económica dos EUA nos próximos 10 anos.

Entre as “big tech”, a Nvidia ganhou 2,82%, a Alphabet pulou 3,01%, a Microsoft avançou 0,60%, a Meta valorizou 1,47%, a Apple somou 0,97% e a Amazon subiu 1,71%.

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