Wall Street sobe em véspera de presidenciais à espera de vitória de Biden
As bolsas do outro lado do Atlântico fecharam em alta, animadas pela perspetiva de que o próximo presidente dos EUA será o democrata Joe Biden.
O Dow Jones encerrou a sessão desta segunda-feira a somar 1,60% para 26.925,05 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,23% para 3.310,24 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,42% para 10.957,61 pontos. O índice estava a negociar com ganhos muito ligeiros perto do final da sessão, ainda derrapou durante alguns minutos para o vermelho – à conta das perdas da Apple e da Microsoft –, mas acabou por conseguir recuperar fôlego.
As eleições presidenciais norte-americanas realizam-se amanhã, o que manterá os olhares concentrados nos Estados Unidos.
O democrata Joe Biden tem vantagem sobre o atual presidente republicano, Donald Trump, mas o eleitorado polarizado, o aumento das infeções por covid-19, as tentativas de supressão eleitoral [convencendo os eleitores a não votar] e o recorde dos votos por correspondência tornam os resultados incertos, o que tem deixado os mercados receosos.
De qualquer das formas, os ganhos de hoje em Wall Street resultam da expectativa de que Biden irá conquistar a presidência e de que os democratas vão manter o controlo da Câmara dos Representantes e conseguir recuperar a maioria no Senado, sublinha a CNN Business.
Embora as bolsas normalmente favoreçam as políticas republicanas, os investidores estão ansiosos por mais estímulos orçamentais à economia – que está uma vez mais a ser fortemente penalizada pela escalada de novos casos de covid-19.
Os investidores consideram que se os democratas "ficarem com tudo" (Senado e Câmara dos Representantes, além da Casa Branca), há maiores probabilidades de ser aprovado no inverno um novo pacote alargado de estímulos.
Uma vitória de Biden também é provável que signifique menos manchetes suscetíveis de criarem incerteza nas bolsas, acreditam os investidores.
Mais lidas