BES terá agravado prejuízos para 90,5 milhões no primeiro trimestre
O Banco Espírito Santo terá agravado os prejuízos do primeiro trimestre deste ano para 90,5 milhões de euros, de acordo com as estimativas do Caixa BI. No mesmo período do ano passado o banco liderado por Ricardo Salgado obteve prejuízos de 62,1 milhões de euros, enquanto nos últimos três meses do ano passado os prejuízos totalizaram 136,6 milhões de euros.
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A margem financeira terá subido 21,4% para 271,7 milhões de euros, sendo que o banco terá aproveitado esta melhoria para reforçar as provisões para crédito malparado (+22,9% para 230,1 milhões e euros) e outros activos (+101,1% para 106,4 milhões de euros).
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“Os resultados consolidados do BES deverão ser impactados pela evolução pouco significativa da margem financeira em base trimestral num contexto em que estimamos ganhos em operações financeiras que deverão ser utilizados pela equipa de gestão para reforço de provisionamento quer para crédito quer para outros activos”, refere o analisa André Rodrigues, do CaixaBI.
Na rubrica de operações financeiras o BES terá registado um valor positivo de 97 milhões de euros (queda homóloga de 8,2%), que se ficou a dever aos ganhos com a dívida pública portuguesa, segundo o CaixaBI.
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A melhoria da margem financeira terá reflectido a manutenção da tendência de descida dos juros com que o banco remunera os depósitos. As comissões terão descido 0,5% face ao mesmo período do ano passado.
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“Tal como no BPI e no BCP, a melhoria das perspectivas económicas em Portugal são um factor chave” para o BES, adianta André Rodrigues, acrescentando que os rácios do malparado e de capital são os indicadores dos resultados do BES para os quais os investidores devem olhar com maior atenção.
A confirmarem-se as previsões do CaixaBI, o BES fechado o trimestre com mais do dobro dos prejuízos do BCP e com valores inferiores aos do BPI, que foi penalizado pela venda de títulos de dívida pública de Portugal e Itália.
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Os resultados do BES serão apresentados a 15 de Maio, depois do fecho da sessão. As acções do banco seguem a valorizar 1,03% para 1,281 euros.
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Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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