BPI: Vendas da Jerónimo Martins terão subido 6% em 2018 para 17,3 mil milhões

Os analistas do BPI admitem um quarto trimestre "difícil" na Polónia, mas que não terá impedido a Jerónimo Martins de registar uma subida no seu volume de negócios no ano passado para mais de 17 mil milhões de euros.
Rita Faria 11 de Janeiro de 2019 às 11:42

O BPI antecipa que o volume de negócios da Jerónimo Martins terá evoluído de forma positiva no ano passado, apesar do ambiente desafiador no seu principal mercado, a Polónia.

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Numa nota a que o Negócios teve acesso, os analistas do BPI estimam que as vendas da retalhista liderada por Pedro Soares dos Santos tenham aumentado 6%, em 2018, face ao ano anterior, para um total de 17.306 milhões de euros.

Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, o crescimento terá sido de 4% para 4.506 milhões de euros.

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Segundo o BPI, o quarto trimestre no maior mercado da Jerónimo Martins, onde a retalhista opera através da Biedronka, terá sido "difícil", tendo em conta "os fortes concorrentes" da empresa. Ainda assim, referem os analistas, "esperamos um resultado resiliente".

"Estamos à espera de um LfL [crescimento das vendas comparáveis] de 1% na Polónia no quarto trimestre, o que poderá ser uma estimativa conservadora considerando a evolução positiva das vendas na área do retalho alimentar em outubro e novembro", explicam.

O mercado de retalho alimentar na Polónia assistiu a um crescimento de 1,7% face ao terceiro trimestre, e o BPI espera também um impacto mais fraco do fecho dos supermercados ao domingo, no quarto trimestre, já que, entre outubro e dezembro, houve cinco dias de proibição, face aos oito do trimestre anterior.

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As vendas totais neste mercado terão crescido 2% para 3.032 milhões no último trimestre e 5% no conjunto do ano para 11.664 milhões.

Já no mercado português, o BPI aponta para que o Pingo Doce tenha registado um LfL de 1,5%, e um crescimento de 3% nas vendas totais do quarto trimestre para 1.002 milhões de euros. No que respeita o conjunto do ano, a subida do volume de negócios terá sido de 4% para 3.831 milhões de euros.   

Quanto à Recheio, as estimativas apontam para um LfL de 3,5%, "suportado pelo canal Horeca e o bom momento do consumo interno, que tem ajudado o segmento tradicional".

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Por fim, na Colômbia, as vendas terão crescido 49% entre outubro e novembro.

A Jerónimo Martins, que fechou os primeiros nove meses de 2018 com lucros de 292 milhões de euros (uma subida homóloga de 2,4%), revela na próxima segunda-feira, 14 de janeiro, após o fecho do mercado, os dados preliminares das vendas do conjunto do ano passado.

Esta sexta-feira, os títulos sobem 0,47% para 10,73 euros, 32,3% abaixo do preço-alvo atribuído pelo BPI, de 15,85 euros, com a recomendação de "comprar".

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Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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