Haitong corta "target" da Sonae em 20%

Um dia antes da divulgação de resultados, a casa de investimento Haitong atribui um preço-alvo de 1,08 euros à Sonae. Apesar disso, ainda há margem de valorização.
Diogo Cavaleiro 08 de Novembro de 2016 às 08:40

O Haitong cortou o preço-alvo atribuído à Sonae SGPS. Em vez da cotação de 1,35 euros que esperava até aqui, a casa de investimento liderada por José Maria Ricciardi olha agora para a dona do Continente como valendo 1,08 euros por acção.

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O corte de 20% do "target" esperado para a empresa de retalho deixa ainda uma margem de valorização da empresa. Esta manhã, os títulos da empresa co-liderada por Paulo Azevedo (na foto) e Ângelo Paupério estão a valer 0,713 euros, o que ainda permite um potencial de subida superior a 50%. Esse é o motivo para que a recomendação atribuída aos investidores seja de "comprar".

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"Achamos que as novidades poderão melhorar ao longo dos próximos trimestres depois de desenvolvimentos desapontantes que ocorreram nas principais operações de retalho", indica a nota do Haitong, a que o Negócios teve acesso.

 

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A redução do "target" decidida pela equipa de analistas liderada por Filipe Rosa ocorre um dia antes de a Sonae apresentar os resultados relativos aos primeiros nove meses do ano. Mesmo assim, o Haitong acredita que estes resultados "podem ser o primeiro passo para a recuperação".

 

A área de retalho alimentar, em que o Continente é a principal marca, deverá alcançar um aumento de 2,5% das vendas comparáveis "like-for-like", sendo que a margem de EBITDA deverá estabilizar no primeiro trimestre do próximo ano.

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Na área de retalho não alimentar, a Sonae precisa de mais acção, argumentam os analistas do antigo BESI: "torna-se cada vez mais evidente que as medidas de reestruturação implementadas até aqui não foram suficientes". Em relação a esta área, o Haitong acredita que a Sonae "deve considerar seriamente alternativas os formatos da Sonae SR para reduzir os prejuízos" aproveitando o melhor ambiente macroeconómico em Espanha para procurar novos parceiros. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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